Espanha: Conferência internacional contra exploração sexual infantil
A Primeira Conferência Internacional "Turismo e Exploração Sexual Comercial Infantil" foi realizada em Madri para "propiciar o encontro dos setores público, privado e não-governamental a fim de erradicar esta prática", afirmou Juan Manuel Costa, diretor geral da ONG espanhola Intervida World Alliance, que organizou a Conferência, da qual participaram o Unifef, a OMT, o Conselho da Europa, a Comissão Européia, Europol e ONGs como a ECPAT Internacional.
O encontro avaliou os avanços legais, as políticas de prevenção, a luta e o impacto internacional da exploração sexual e comercial infantil nos últimos cinco anos.
Costa lembrou que 30.000 espanhóis viajam anualmente à América Latina com este objetivo e que dois milhões de crianças são vítimas da exploração sexual comercial por ano, segundo dados da Organização Internacional das Migrações e do Unicef.
Costa alertou que esta prática aumenta a cada ano e explicou que a Intervida está promovendo a adoção de um código de conduta por parte das empresas turísticas, mas, até hoje, apenas duas aderiram à iniciativa.
De acordo com a Intervida, o turismo não pode ser considerado a causa da exploração sexual, mas "os exploradores se aproveitam das facilidades oferecidas pela indústria turística".
A organização citou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e afirmou que cerca de 20% da exploração sexual infantil que ocorre nos países da América Central e do Caribe é protagonizada por turistas e estrangeiros.
