Novo informe OMT para ajudar que as cidades negociem o efeito do turismo

23 de Setembro de 2018 1:52pm
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Novo informe OMT para ajudar que as cidades negociem o efeito do turismo

Este informe da Organização Mundial do Turismo (OMT) tem como objetivo ajudar para negociar o aumento dos fluxos de turismo urbano e seu efeito nas cidades e seus residentes. O informe, intitulado ¿«Overtourism»?  (Compreender e negociar o aumento do turismo urbano mais para lá das percepções), se tem apresentado hoje no âmbito do Sétimo Cume Mundial sobre Turismo Urbano, celebrada em Seul (República de Coréia) [16-19 setembro de 2018].

Nele se examina como negociar o turismo em destinos urbanos em benefício tanto das visitas como dos residentes. Propõe 11 estratégias e 68 medidas para ajudar a compreender e negociar o aumento de visitas. O informe resultou da colaboração entre OMT, o Centre of Expertise Leisure, Tourism & Hospitality (CELTH) da Universidade de Ciências Aplicadas de Breda e o Europa Tourism Futures Institute (ETFI) da Universidade Stende de Ciências Aplicadas.

O recente crescimento do turismo urbano exige que o setor garantisse políticas e práticas sustentáveis que reduzam para o mínimo os efeitos negativos do turismo no uso dos recursos naturais, as infraestruturas, a mobilidade e a saturação, assim mesmo seu impacto sociocultural. Cada vez se dão mais casos de atitudes hostis das povoações locais contra as visitas, devido à massificação, o barulho e outras questões, que têm levado à aparição de termos como «overtourism» e «turismofobia» nos meios de comunicação.

«A governança é chave. Abordar as dificuldades que se apresentam para o turismo urbano é uma tarefa muito mais complexa do que se reconhece. Tem-se que estabelecer uma folha de rota sustentável para o turismo urbano e integra-a nas questões de interesse das políticas municipais», afirmou o Secretário Geral da OMT, Zurab Pololikashvili. «Também nos temos que assegurar que as comunidades locais compreendam e se beneficiem dos aspectos positivos do turismo», somou.

Para compreender melhor às dificuldades que planteia a gestão das visitas no contexto urbano, sobre tudo a relação entre os residentes e as visitas, o informe contem uma análise das percepções dos residentes sobre o turismo em oito cidades europeias: Amsterdam, Barcelona, Berlim, Copenhague, Lisboa, Munique, Salzburg e Tallim.

"Não existe uma solução única para todos para lidar com o “overtourism”. Em troca, o turismo deve formar parte de uma estratégia de desenvolvimento sustentável por toda a cidade", conclui i Dr. Ko Koens de CELTH e a Universidade de Ciências Aplicadas de Breda. O informe sim recomenda uma visão estratégica comum para todas as partes interessadas: reconciliar os residentes com as visitas e adotar uma planificação cuidadosa que respeite os limites de capacidade e as especificidades de cada destino. "A participação e apoio dos residentes locais é chave para lograr o turismo sustentável", explica o professor Albert Postma de CELTH e da Universidade Stenden de Ciências Aplicadas. "A construção da responsabilidade compartida entre as partes interessadas direta ou indiretamente involucradas no desenvolvimento do turismo é chave para assegurar a sustentabilidade para longo prazo", conclui o investigador involucrado Bernadett Papp.

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