Um terço das casas do centro de Lisboa é usado para alugamento turístico

20 de Setembro de 2018 6:32am
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Um terço das casas do centro de Lisboa é usado para alugamento turístico

34% dos alojamentos dos bairros históricos do centro de Lisboa são dedicados ao alugamento turístico, considerado um dos principais responsáveis para a ascensão rápida dos preços de arrendamento que experimenta a capital portuguesa.

Isto é revelado deste modo hoje no periódico luso Jornal de Negócios que consegue o cálculo do registro oficial de casas com alugar de curta duração, uma categoria na qual enquadram os chãos turísticos.

Os bairros afetados são Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa ou Chiado, unidos administrativamente na Junta de Freguesía de Santa Maria Maior e protagonistas absolutos dos guias de viagens, porque aqui eles concentram a atratividade histórica principal e símbolos da cidade, como o Castelo de San Jorge ou as casas de fado.

Depois do centro, a concentração maior de locais turísticos é nos bairros mais próximos ao Tajo (Bairro Alto, Santa Catarina e Cais de Sodré) onde as visitas ficam em 28% do total de alojamentos disponíveis.

Já na considerada área VIP onde se agrupam as lojas mais caras e o metro quadrado supera os 3.000 euros (São António e São Vicente) o alojamento turístico ocupa 15% turístico das casas.

Os dados também indicam que o número potencial de turistas que usa estas propriedades é superior dos habitantes habituais em áreas como Misericórdia que inclui os bairros mais próximos para o rio.

A pressão turística que sofre Lisboa por meses e que gera cada vez mais aborrecimento entre os portugueses, tem ido para ocupar progressivamente espaço na agenda política do país onde são consideradas medidas para evitar o êxodo dos lisboetas para a periferia da cidade.

Para isto, o Parlamento luso aprovou em julho passado uma proposta de lei que põe limites para os apartamentos particulares dedicados a alugar turismo que agora poderão ser fechados se mais que meio dos vizinhos do edifício reclama antes da assembleia municipal, entidade que tomará a decisão.

Também, os conselhos terão a faculdade de aumentar a chamadas "áreas de contenção", bairros onde a se poderá limitar o número de alojamentos turísticos para "preservar a realidade" destas áreas.

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