O turismo no Brasil cresce em maio e volta aos níveis prepandemia

13 de Julho de 2022 6:58am
Redação Caribbean News Digital Portugues
brasil-em-alta_turismo (foto Comex do Brasil)

(EFE).- O turismo no Brasil cresceu em maio por terceiro mês consecutivo e retomou os níveis que se viram a começos de 2020, dantes de que a pandemia da covid-19 chegasse ao país, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

O sector avançou um 45,6 % em frente a maio do ano passado e registou um alça de 2,6 % em relação com abril, impulsionado pelos rendimentos registados principalmente no transporte aéreo, restaurantes e hotéis.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado até maio o turismo cresceu um 50,2 % em relação com os cinco primeiros meses de 2021, o que o localiza praticamente nos níveis da prepandemia, tão só um 0,1 % abaixo do registado em fevereiro de 2020.

A tendência mostra-se positiva e augura que o turismo no Brasil melhorará nos próximos meses, com o que poderá fechar o ano em verde e registar um avanço em frente ao registado dantes de que chegasse a covid ao país.

Após 27 meses gerando rendimentos por embaixo do nível da prepandemia, as cifras surpreenderam à Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que não esperava esse resultado em temporada baixa, sina até após as férias de julho.

"Podemos dizer que o sector de turismo conseguiu finalmente pôr o nariz fosse do água, pois já não se estão a ver as perdas que se observavam em relação ao período da crise sanitária", assegurou a Efe Fabio Bentes, economista da CNC.

Segundo dados da patronal, o turismo brasileiro acumulou perdas por 254.500 milhões de reais (uns 47.129 milhões de dólares), em frente ao nível prévio à pandemia.

Não obstante, se considera-se a tendência de crescimento que mostrava o sector dantes do início da crise sanitária, as perdas em relação ao potencial de geração de rendimentos foram de 517.700 milhões de reais (uns 95.870 milhões de dólares).

RIO AINDA NÃO DESCOLA

São Paulo foi a região que mais impulsionou o turismo durante os primeiros cinco meses do ano, seguido de Minas Gerais e Rio de Janeiro, ainda que este último continua em vermelho em frente aos rendimentos que recebia dantes da pandemia.

Segundo o experiente da CNC, o sector actualmente facturar em Rio um 13,5 % menos que em fevereiro de 2020, algo que atribui aos custos desta região, que costumam ser mais elevados para os brasileiros, que são os que actualmente estão a mover o turismo no país.

"O facto de que Rio dependa mais do turismo externo que de outros estados do Brasil ajuda a explicar essas perdas", assinalou.

Os preços dos bilhetes aéreos também têm impactado nas visitas dos estrangeiros, mas para o secretário municipal de Turismo de Rio, Antonio Mariano, o problema principal na actualidade é a falta de oferta de voos internacionais diretos à cidade.

Segundo o servidor público, a oferta de São Paulo mais que duplica à de Rio, que diariamente recebe 40 voos no aeroporto internacional de Galeao, o mesmo número que o aeroporto internacional de Guarulhos na capital paulista recebe em oito horas.

"Toda a cidade do mundo que é turística deve ter uma malha aérea confiável para que os turistas possam chegar, e é algo que se está a procurar para Rio mas que ainda não tem", assegurou. EFE

 

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