América Latina: 5 lugares arqueológicos imprescindíveis

21 de Setembro de 2020 5:22pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
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A descoberta do continente americano em 1492 encerra inúmeras contribuição à história da humanidade. Uma delas, quiçá das mais mencionados pelos experientes, foi a descoverta de importantes civilizações indoamericanas que, ainda com o passo dos séculos, não deixam de impressionar.

Desde o ponto de vista cultural, uma visita às Américas está incompleta senão percorres alguns dos lugares arqueológicos mais notáveis da imensa região, com a possibilidade de contemplar ruínas prehispánicas verdadeiramente impactantes.

Caribbean News Digital traz, uma muito pequena seleção, mal cinco ruínas ou lugares arqueológicos que todos devêssemos conhecer.

Machu Picchu, Peru

Machu Picchu, Peru

Machu Picchu, que em língua quechua significa Monte Velho”, é o nome contemporâneo que se dá a uma llaqta —antigo povoado incaico andino— construído dantes do século XV, em a Cordillera Oriental do sul de Peru, em a corrente montanhosa dos Andes, a duas mil 430 metros sobre o nível do mar.

O "hannan" é o setor alto da cidadela. Ali encontram-se os edifícios sagrados como o Mausoleo, o Palácio Real, a Cripta ou o Torreón; e enterrada baixo deste último, uma estância que poderia ter sido o mausoleo onde descansasse a momia de Pachacutec.

A parte baixa do setor de moradias da cidadela de Machu Picchu é o chamado "Urin". Ali encontramos construções de grande importância como o Templo das Três Janelas (foto), o conjunto da Rocha Sagrada; ou o de pátios e jardins chamado Acllawasi, entre outros.

A Rocha Sagrada assinala o extremo norte da cidadela, um dos limites físicos onde se desenvolvia a vida de então. Ali começava o caminho do Wayna Picchu. O Acllahuasi é a construção maior de todas e se supõe que estava reservada a mulheres artesanas e a ritos religiosos.

Uxmal, México

Uxmal

A cidade de Uxmal, onde predominava o estilo arquitectónico Puuc, floresceu entre o Clássico Tardio (600-800 de nossa era) e o Clássico Terminal (800-1000 de nossa era).

O Cuadrángulo das Freiras tem quatro edifícios: Edifício Sur, Edifício Norte, Edifício Oriente e Edifício Poniente, os quais se encontram sobre uma plataforma à que se acede mediante uma escalinata localizada em o Edifício Sur.

Em seu apogeo, Uxmal era um assentamento de grande tamanho que chegou a cobrir mais de q2 km quadrados de extensão e a albergar uma população próxima aos 20 mil habitantes.

Por então, converteu-se sem dúvida na sede do poder econômico e político de uma ampla região e seguramente foi o centro no que se originou e desde onde se difundiu o estilo arquitectónico Puuc, conquanto em suas construções se notam elementos singulares que indicam que Uxmal estava inmersa em uma rede comercial e cultural mais ampla que a de seus vizinhos e subordinados da região.

Da importância de Uxmal também dá conta a enorme quantidade de trabalho investida na construção de seus principais edifícios, e a complexidade social requerida para planejar e levar a cabo a obra.

A cidade, que se unia com Kabah por um sacbé de 18 km de longo, está orientada ao longo de um eixo maior de quase um quilômetro de norte a sul. Ao centro encontram-se grandes conjuntos formados por vários edifícios, alguns deles entre os mais belos do área maya e talvez do México prehispánico, como a Casa do Adivinho, o Cuadrángulo das Freiras e o Palácio do Governador.

Tikal, Guatemala

Tikal

É o maior lugar arqueológico escavado do continente americano e onde quiçá se encontram alguns dos restos mais importantes da civilização Maya.

A Grande Praça e seus arredores constituem o coração de Tikal. Tecnicamente, a Grande Praça, consiste em os Templos I e II, bem como o jogo de pelota, que foram construções acrescentadas dramaticamente ao redor do ano 700 D.C. entre a Acrópolis Central e a Acrópolis do Norte.

Os Templos, ambos majestuosos protótipos da arquitectura local, representam o modelo de grandeza monumental conseguido pelos governantes de Tikal durante o Período Clássico Tardio.

Durante este tempo A Grande Praça converteu-se no ponto focal da vida sociopolítica de Tikal. O Templo II, com uma altura de 38 metros, foi orientado face ao este, de em frente ao sol naciente; enquanto o Templo I, um edifício estilizado orientado para o oeste, de cara para a posta do sol, tem 45 metros de altura.

Copán, Honduras

Copán

A cidade-Estado de Copán foi fundada no século V e, por razões até hoje desconhecidas, abandonada para o ano 850. Em sua época de maior prosperidade e esplendor chegaram a viver ali umas 30 mil pessoas.

Copán é um fabuloso conjunto de edifícios residenciais, foros, jogos de pelota, templos, bilhetes subterrâneos e abigarradas estelas de pedra com formas orgânicas. Estima-se que seus restos se estendem em uma superfície de quase 25 quilômetros quadrados, ainda que a visita se realiza em uma zona que não ultrapassa um quilômetro. O yacimiento arqueológico está dividido em diversas e grandes áreas: a Grande Praça ou praça das Estelas, a Acrópolis, o Jogo de Pelota e o conjunto do Cemitério.

A Grande Praça é um enorme espaço público em o que se celebravam os atos e rituales sociais. A Acrópolis era o lugar reservado aos governantes e hoje é onde se encontram grande parte dos templos e monumentos, incluídos o Altar Q, a Escalinata dos Jeroglíficos e o Templo de Rosalila.

O Altar Q é o monumento mais importante de todo o lugar arqueológico, já que representa a 16 dos 18 monarcas que governaram Copán ao longo de quase cinco séculos. A Escalinata dos Jeroglíficos, com seus 10 metros de largo e 63 degraus, é a maior inscrição maya conhecida, uma crônica dinástica que abarca do ano 422 ao 800.

Gruta das Mãos, Argentina

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A gruta das Mãos é um lugar arqueológico e de pinturas rupestres que se encontra em o profundo cañadón do rio Pinturas, em o departamento Lago Buenos Aires, ao oeste da Província de Santa Cruz, em Argentina.

Sua arqueologia está considerada uma das expressões artísticas mais antigas dos povos de América do Sul, de ali a importância deste lugar.

As pinturas rupestres foram realizadas sobre as pedras e têm uma faixa de cor que vai desde o vermelho, amarelo e ocre, até o alvo e o negro. A composição da tinta era realizada com frutas, plantas, rochas trituradas, sangue e gordura de animais.

A zona da gruta era um dos lugares que habitavam os Tehuelches. Através desses esquemas tentavam comunicar que faziam, de que forma viviam e como eram seus costumes.

Silhuetas em positivo e negativo das mãos, elementos geométricos, mandalas, linhas, pontos, bosquejos animais e humanos, são alguns dos desenhos que ainda se conservam na atualidade.

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