Gol transporta 18,9 milhões de passageiros e cresce em faturação
Gol anunciou nesta segunda-feira (14) os resultados consolidados do quarto trimestre de 2021 (4T21) e do ano de 2021. Destaque para o acumulado de 2021, com a demanda da Gol crescendo 10,5% e a oferta subindo 7,9%, o que fez a taxa de ocupação crescer 2 pontos percentuais para 82%. Já o número de passageiros transportados subiu 13,1% e alcançou os 18,9 milhões, enquanto o volume de decolagens cresceu 7,5%.
Ainda no acumulado de 2021, a receita líquida da companhia cresceu 16,7% para R$ 7,43 bilhões, embora o prejuízo líquido no período também tenha alcançado os R$ 7,18 bilhões, aumento de 21,9% em relação a 2020. Destaque para o quarto trimestre de 2021, considerado o melhor resultado operacional trimestral desde o inicio da pandemia em decorrência do foco nos custos, com 36% de margem Ebtida ajustado. Já as vendas brutas no 4T21 cresceram para R$ 4 bilhões e superaram o 4T19.
A demanda total da companhia cresceu 16% no quarto trimestre, em relação ao 4T20, e atingiu 67,3% do observado no 4T19. Já a capacidade cresceu 14,5% e alcançou 66,5% do 4T19. No trimestre, a Gol transportou cerca de 6,5 milhões de clientes, um aumento de 26,1% em relação ao 4T20, e registrou 67,9% do observado no mesmo período em 2019. Somente em dezembro, foram transportados 2,5 milhões de clientes.
A receita operacional líquida trimestral foi de R$ 2,9 bilhões, representando um acréscimo de 54,5% quando comparada ao 4T20. Cerca de 3,9% desse montante foi originado no negócio de cargas (Gollog) e no programa de fidelidade (Smiles). Já o yield médio por passageiro no 4T21 alcançou R$ 38,58, um aumento de 40% na comparação com o 4T20, e maior em 16,3% versus o 4T19.
O prejuízo liquido foi de R$ 682,1 milhões, excluindo variações cambiais e monetárias, enquanto a geração de caixa foi R$ 6,3 milhões/dia, incluindo entradas e saídas operacionais e pagamentos de arrendamento. Ao final do trimestre, incluindo os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da companhia eram de cerca de R$ 5,7 bilhões.
“Em 2021, fizemos progressos significativos em diversos indicadores de sucesso, derivados de nosso modelo de negócios vencedor, de nossa frota flexivel e altamente eficiente com um único tipo de aeronave, e da experiència ao cliente que proporcionamos, o que reforça a preferência por nossa marca”, disse Paulo Kakinoff, CEO da Gol.
Menor volume de dívidas desde 2018
A liquidez da Gol alcançou R$ 3,7 bilhões ao final do 4T21. Após o refinanciamento de R$1,2 bilhão de dividas de curto prazo, anunciado em outubro passado, a companhia encerra o ano de 2021 com R$ 635 milhões de divida de curto prazo, o menor nivel em quatro anos. A Gol não possui amortizações significativas de dividas nos próximos doze meses, e tem financiamentos de longo prazo suficientes para a aquisição de novas aeronaves 737 MAX, parte relevante do plano de transformação de frota
“Embora tenhamos passado por mais um ano desafiador, fomos capazes de honrar totalmente nossos compromissos com o mercado global de capitais e amortizar R$ 525 milhões obrigações de arrendamentos com os lessores, um montante 91,4% superior ao volume do 4T20, alcançando a menor alavancagem entre os nossos pares na indústria”, disse Celso Ferrer, vice-presidente de Operações da Gol.
Frota composta por 30% de MAX em 2022
A companhia està acelerando sua transição para o 737 MAX, que representarà 30% da sua frota total até o final de 2022. A Gol fechou uma operação de até US $600 milhões para financiar 100% da aquisição de 12 novas aeronaves 737 MAX 8 (10 arrendamentos financeiros e dois sale-leasebacks), e para gerar linhas de créditos adicionais para sustentar a devolução das aeronaves B737NGs.
“Para 2022, manteremos foco na transformação da frota para o 737 MAX. Prevemos que até o final do ano estarão em operação 44 aeronaves desse modelo, representando cerca de 30% da frota total. Como consequência deste processo de modernização, esperamos redução de aproximadamente 8% no custo unitário (CASK), acrescentou Kakinoff.
“A aceleração na transformação de nossa frota para o 737 MAX nos posiciona de forma competitiva para crescer com mais flexibilidade na gestão de nossa capacidade, além de possibilitar a expansão de rotas e destinos que nos garantirá alta eficiência no atendimento às oscilações na demanda. A aeronave consome 15% menos combustivel, produz 16% menos emissões de carbono e 40% menos ruido”, destacou Celso Ferrer. (Tomado de mercadoeeventos)