IATA: os Estados deverão respaldar a suas linhas aéreas
IATA adverte que os Estados terão que se esforçar mais nos próximos meses para ajudar às companhias aéreas em dificuldades, já que as restrições de viagem seguem sendo mais estritas em resposta às novas cepas do vírus da Covid-19.
Conquanto as companhias aéreas começaram no ano com o otimismo de que o despliegue das vacinas significava uma recuperação da demanda de viagens aéreos, isto se viu atenuado por uma série de medidas adotadas pelos Estados para restringir as viagens à medida que surgiam cepas de Covid-19 mais contagiosas.
Por exemplo, o Reino Unido impôs em 27 de janeiro o isolamento obrigatório nos hotéis para os visitantes procedentes de países com proibição de viajar.
"Acho que as perspectivas em curto prazo escureceram-se certamente", reconheceu o economista chefe da IATA, Brian Pearce, durante uma sessão informativa.
"O momento crítico será a temporada de verão, porque é quando as linhas aéreas ganham mais dinheiro. É a época do ano na que se viaja menos. A vacina deveria marcar a diferença, de modo que a segunda metade do ano deveria ser e sentir-se muito diferente a como se sente agora. De modo que esperamos que isto seja a escuridão dantes do amanhecer".
Ainda que o aumento das restrições está afetando à demanda de viagens, Pearce afirma que a associação já tinha uma previsão "muito conservadora" segundo a qual espera que o tráfico deste ano se situe em torno da metade dos níveis de 2019.
A IATA calcula que os governos já têm proporcionado quase 200 mil milhões de dólares em numerário para ajudar a manter às linhas aéreas "com respiração assistida", uma razão finque para o número relativamente pequeno de quebras de companhias aéreas até agora durante a crise.
"Enfrentamos-nos a uma primeira metade do ano realmente desafiante dantes de que as vacinas comecem realmente a marcar a diferença em a demanda de viagens, a situação está piorando", diz Pearce. "Muitas linhas aéreas têm podido atingir muito dinheiro em numerário, não só com as ajudas do governo, senão com empréstimos nos mercados de capitais. Mas se a temporada de verão peligra, terá uma clara necessidade a mais efetivo para manter às companhias com vida".
O diretor geral da IATA, Alexandre de Juniac, acrescenta que, neste contexto, é necessário um maior apoio estatal ao setor. "Durante os próximos seis ou oito meses precisamos desesperadamente o apoio do governo por qualquer um meio, redução de custos, desgravações fiscais, injeções de efetivo, subvenções. Tudo".