Portugal podería nacionalizar TAP para evitar o seu colapso
Ante a crise mundial pela pandemia do novo Sars-Cov-2, os governos do mundo ficam na busca de soluções que evitem, por exemplo, o colapso de companhias estratéicas para a economia nacional. Esse é o caso do Governo de Portugal, o que decideu que não permitirá que isso acontença com a principal aerolínea da nação lusa: TAP Air Portugal.
"TAP é fundamental e não se pode excluir a necessidade de nacionalizar TAP ou outra empresa fundamental para o país, porque não podemos correr o risco da perder", manifestou ao respeito o premiê de Portugal, António Costa, numa entrevista concedida a rádio Observador.
O verdadeiro é que a pandemia tem obrigado à companhia a deixar toda sua frota em terra (conformada por mais de cem aviões). Também não conta com o respaldo de um grande grupo aéreo, como pode ser o holding IAG para Iberia ou Vueling.
No entanto, a companhia é fundamental para a conetividade no país luso. Tão só no ano passado transportou a 17 milhões de passageiros.
Cabe destacar que o resto do capital da linha aérea (o 50% está em mãos do holding estatal Parpública) se distribui da seguinte maneira: o 45% é propriedade de Atlantic Gateway, consórcio no que participam investidores como David Neeleman, pai de linhas aéreas como JetBlue ou Azul, enquanto o 5% se reparte entre diferentes investidores.
Atualmente, Portugal encontra-se em estado de emergência pelo coronavirus, ainda que as cifras que regista mostram signos de estabilização com 535 falecidos e quase 17 mil contágios. Espera-se que o estado de alarme se prolongue até 1 de maio, ainda que poderia se ampliar.