Acham em Madri copa feita com Ceiba cubana

Uma experiente cubana anunciou o achado no Museu Naval de Madri de uma copa, provavelmente elaborada com a madeira preciosa da árvore da Ceiba de Cuba.

A doutora Raquel Carreras Rivery, especialista  internacional em madeiras, informou à AIN via correio electrónico desde a capital de Espanha que pessoal do Museu Naval de Madri permitiu o estudo do objeto.

A sua morfologia, propriedades e inscrições estão em correspondência com o existente nos legajos e cartas que se encontram nos registos dos arquivos da instituição, acrescentou Carreras Rivery.

Opinou que não se reportou ainda em Cuba a presença desse copo, nem de outro realizado com a madeira de Ceiba, “pelo qual entendemos original e meritório fazer esta informação”.

Aclarou que não há outra evidência científica de que realmente pertença à árvore ao que se refere, o qual hoje em dia, pudesse ser resolvido a partir de técnicas com bases genéticas, se aparecesse outro pedaço da madeira dessa mesma árvore.

Sim conhece-se que é da espécie Ceiba pentandra L. (Gaertn), considerada uma árvore sagrada entre as culturas *prehispánicas do área, como mayas, pipiles, nahuas, taínos (Porto Rico, A Espanhola e Cuba), entre outros, que acostumavam o semear nas praças de suas cidades.

Carreras Rivery integrou a equipa de profissionais espanhóis que pesquisou a origem da ebanistaria no Monastério do Escorial, séculos XVI-XVII, considerado por alguns a VIII Maravilha do Mundo, na qual a maioria das madeiras empregadas procederam de Cuba.

Há indícios de que o ébano o extraíram de Baracoa e as árvores de cedro e caoba de Havana.   

Estima-se o início dos envios no verão de 1579, mas o translado das madeiras preciosas cubanas durou não menos de 10 anos, ainda que não todo o que saiu da Ilha chegou a destino, de acordo com a mesma fonte.  

(AIN)