Agências de viagem brasileiras contra redução de comissionamento da Gol

Empresas ligadas à Associação Brasileira de Agencias de Viagens (ABAV) promoveram a partir de 9 de janeiro um movimento contra a redução do comissionamento na venda de passagens aéreas decidida pela companhia GOL.

O movimento consistiu em incentivar a venda de passagens aéreas de outras companhias e ganhou força no Sul do Brasil, espalhando-se por todo o país. Somaram-se importantes pontos de distribuição como Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Maranhão e Mato Grosso do Sul, entre outros.

Desde o dia 1º de janeiro, a Gol reduziu de 10% para 7% as comissões nas passagens nacionais e de 9% para 6% nas passagens internacionais, fato que acarretou o movimento de boicote das agências, que argumentam que a decisão, se mantida, resultará na redução de empregos, fechamento de agências e na conseqüente diminuição na arrecadação de impostos.

De acordo com autoridades da ABAV, a redução representa 30% da rentabilidade das agências de viagens e é essa comissão que permite ao agente prestar, sem qualquer custo extra para ao passageiro, consultoria e execução de vários serviços que tomariam muito tempo do cliente, como verificar a disponibilidade de vôos e marcação de assentos, facilitar o embarque, buscar e efetuar reservas aéreas, hotéis e locações de automóveis, verificar tarifas e emitir bilhetes, orientar sobre emissão de passaportes e vistos, providenciar traslado, bem como dar informações importantes sobre o estado ou país que se pretende visitar.

Por outro lado, os responsáveis da ABAV argumentam que na recente crise da aviação nacional foram os agentes de viagens que auxiliaram na solução dos problemas de muitos passageiros, que ficaram horas e horas nos aeroportos, sem qualquer informação.

É opinião das agências que a Internet permite aos clientes reservarem as passagens diretamente, mas não pode substituir o agente quanto aos serviços de consultoria que presta.