Air France KLM baixa receita unitária em Julho por excesso de oferta nas rotas Américas e Ásia

O grupo Air France KLM indicou ter registado em julho um decréscimo da receita unitária a câmbios constantes, atribuindo-o a capacidade excessiva nas rotas da América do Norte e Ásia, que integram os sectores de rede onde mais aumentou a capacidade neste mês.
O balanço de tráfego publicado pelo grupo indica que limitou em julho o aumento de capacidade (em ASK, lugares x quilômetros voados) a 1,5%, pelo aumento em 2,4% nas rotas de longo curso, o qual, por sua vez, resultou de aumentos em 5,2% no sector Américas e em 2,6% no sector Ásia e Pacífico, enquanto nos sectores África e Médio Oriente e Caribe e Oceano Índico baixou, respectivamente em 1,5% e em 2,9%.
O setor onde teve maior crescimento de tráfego (em RPK, passageiros x quilômetros voados) foi Ásia e Pacífico, em 3,3%, que lhe permitiu ter uma subida da taxa média de ocupação destes voos em 0,6 pontos, para 90%.
Seguiu-se o setor Américas, que em dimensão da capacidade equivaleu à soma da Ásia e Pacífico e África e Médio Oriente, com +2,8%, mas neste caso aquém do aumento de capacidade, provocando-lhe a maior que de ocupação do mês, em 2,1 pontos, para 89,3%.
No setores África e Médio Oriente e Caribe e Oceano Índico, nos quais baixou a capacidade, teve ainda assim crescimentos do tráfego, respectivamente em 0,4% e 0,5%, e, por conseguinte, também subidas da taxa de ocupação, em 1,6 pontos no primeiro, para 85,2%, e em três pontos no segundo, para 88,2%.
Ainda assim, no conjunto das rotas e longo curso, em que aumentou a capacidade em 2,4%, teve uma queda da taxa média de ocupação em 0,1 pontos, para 88,7%, porque o crescimento do tráfego ficou em 2,3%.
Nos voos de curto e médio curso, que dizem respeito às ligações domésticas e aos voos internacionais intra europeus, o Air France e KLM tiveram um crescimento médio do tráfego em 0,6%, apesar de um redução da capacidade em 1,7%, tendo, assim, um ganho de 1,9 pontos na taxa de ocupação, para 84,1%.
Em número de passageiros, o grupo indica que teve 7,489 milhões, +1,3% ou mais 93 mil que no mês homólogo de 2013, por aumentos em todos os setores de rede à excepção de África e Médio Oriente, onde teve um decréscimo em 0,3% ou cerca de mil, para 465 mil.
Os voos de longo curso somaram 2,399 milhões em julho, +2,3% ou mais 55 mil que há um ano, pelos aumentos em 2,9% ou mais 29 mil no setor Américas, para 1,03 milhões, em 4,7% ou mais 26 mil no sector Ásia e Pacífico, para 587 mil, e em 0,3% ou cerca de mil no sector Caraíbas e Oceano Índico, para 317 mil.
As rotas de curto e médio cursos, que são as que têm mais passageiros (quase 68% do total do mês de julho), somaram 5,09 milhões neste mês, +0,8% ou mais 38 mil que há um ano.
Nos sete meses de janeiro a julho, estas rotas somam 30,888 milhões de passageiros, +1,5% ou 464 mil que no período homólogo de 2013, e em ligações de longo curso o grupo teve 14,469 milhões (+2,6% ou mais 367 mil), com subidas em todos os sectores de rede, de 3,9% ou 221 nos voos das Américas, para 5,864 milhões, de 0,4% ou 14 mil nos voos da Ásia e Pacífico, para 3,432 milhões, de 2,5% ou 74 mil nos voos de África e Médio Oriente, para 3,044 milhões, e de 2,9% ou 58 mil nos voos das Caraíbas e Oceano Índico, para 2,03 milhões.
A maior subida da taxa média de ocupação neste período é a do setor Caribe e Oceano Índico, em 2,4 pontos, para 87,2%, seguindo-se o médio curso, com +2,1 pontos, para 78,2%, o sector África e Médio Oriente, em 1,5 pontos, para 80,8%, e o sector Ásia e Pacífico, em 1,1 pontos, para 86,5%.
O setor Américas, onde o grupo fez o maior aumento de capacidade nestes sete meses, em 4,8%, é o único a ter queda da taxa de ocupação, em 0,8 pontos, para 87,6%.