Aumenta o turismo em Cuba, República Dominicana e México apesar de...

Crises internacionais, cancelamento de rotas ou furacões não impediram até agora o crescimento do fluxo turístico para Cuba, México e República Dominicana.

O México, por exemplo, apesar do cancelamento de vôos de muitas companhias aéreas norte-americanas, mantém o número de chegadas provenientes de 10 estados da região centro-ocidental dos EUA (900 mil turistas por ano, em média).

De acordo com Rogelio Esponda, diretor do Escritório da Secretaria de Turismo do México em Chicago, citado por Notimex, 20% dos viajantes provêm da comunidade latina nessa região e o turismo corporativo proveniente das zonas industriais não deixa e aumentar.

O México está na moda nesses tempos de crise a partir das suas vantagens competitivas de preços, diversidade de atrativos, distância e conectividade. Assim, enquanto destinos tradicionais perdem turistas, por exemplo Havaí, com queda de 14,5%, Cancun e Puerto Vallarta aumentam o número de chegadas.

Na República Dominicana, com crescimento sustentado do turismo, dados do Banco Central apontam que nos nove primeiros meses do ano chegaram 729.996 estrangeiros não residentes, o que significa aumento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Nesse período de tempo, os maiores mercados emissores para a República Dominicana tiveram um acréscimo de 1,8% em relação ao ano passado.

O Canadá, EUA e a França, países emissores tradicionais para a República Dominicana, mantiveram a liderança, enquanto a Bélgica, Portugal, Chile e Argentina, na categoria de mercados médios, aumentaram 8,8% o número de chegadas.

De acordo com os dados do Banco Central, os países emergentes registraram 37,2% de crescimento, sobressaindo a Rússia (+87,4); Brasil (+28,7); México (+16,3); Chile (+40,4); Argentina (+34,9) e Suíça (+11,5).

Já Cuba, país açoitado por intensos furacões nos meses de julho e agosto, deve atingir os dois milhões de turistas no mês de novembro, de acordo com informações do ministro do Turismo, Manuel Marrero Cruz.

O ministro cubano afirmou durante a inauguração de um novo hotel no centro histórica da cidade de Las Tunas, uma das mais afetadas pelo furacão Ike, que os planos de investimentos continuam e que no final de 2008 haverá mais 700 novas acomodações.

No final de agosto, a indústria turística cubana crescia acima de 10%, no momento da passagem dos furacões Gustav e Ike, que provocaram danos nos destinos da província de Holguín e de Camagüey, e em estabelecimentos de Pinar del Rio e da Ilha da Juventude, mas depois de um intenso trabalho de recuperação no mês de outubro, tudo está pronto para a alta temporada, nos meses do inverno no hemisfério norte, que no Caribe é muito apreciada pelas suas agradáveis temperaturas.

O principal país emissor para Cuba é o Canadá, com 30% do total de turistas que chegam à ilha a cada ano, e o país tem fortes expectativas com o turismo russo. De acordo com o ministro Marrero, em 2008 o país receberia um pouco mais de 28 mil turistas russos, número que poderia chegar a 40 mil durante a temporada.

A companhia aérea russa Aeroflot tem atualmente uma freqüência diária Moscou-Havana, mas terá quatro freqüências semanais a partir de dezembro e poderia ter sete daqui a um ano segundo a procura.