Autoridades caribenhas solicitarão aos Estados Unidos adiamento da lei sobre obrigatoriedade do passaporte
Autoridades de Cancun, o principal destino de turistas norte-americanos no México, e do setor hoteleiro e governamental do resto da região do Caribe tratarão com o governo dos Estados Unidos a possibilidade de um adiamento do prazo para a aplicação da lei que estabelece o uso obrigatório do passaporte para os cidadãos norte-americanos que entrem aos Estados Unidos por via aérea.
A medida deve começar a vigorar em 23 de janeiro. De acordo com Gabriela Rodríguez Gálvez, secretária de Turismo de Quintana Roo, representantes da Associação de Hoteleiros do Caribe (CHA) - constituída por mais de 800 hotéis reunidos em 35 associações nacionais, cuja oferta é de 125.400 apartamentos, incluindo o Caribe mexicano - visitarão Cancun para o estabelecimento de estratégias e a solicitação formal a Washington.
Peter Odle, presidente da CHA, tem indicado que a medida pode ter "efeitos devastadores" para o Caribe segundo um estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). As perdas totalizariam US$ 2,6 bilhões e 180 mil empregos.
A medida não afeta por enquanto os passageiros de cruzeiros nem os turistas que se desloquem por via terrestre, que deveriam utilizar o passaporte em janeiro de 2008.