A ave Fênix que deve salvar a Alitalia

01 de Setembro de 2008 8:44pm
godking

O plano "Fênix" tem a finalidade é salvar a companhia aérea italiana Alitalia da falência, e passa por acordos sindicais e parceria com alguma empresa estrangeira.

"Este projeto tem muitas condições, mas sem um acordo sindical não poderá acontecer", disse Corrado Passera, gerente-geral do Banco Intesa-San Paolo, instituição responsável pelo plano "Fênix". Para Passera, "as próximas 4 ou 5 semanas serão cruciais para compreender se será possível seguir adiante ou não."

Por outro lado, o presidente da companhia aérea, Roberto Colaninno, declarou que é "indispensável" um sócio estrangeiro, fato que levou à abertura de negociações com a aliança Air France-KLM e com a Lufthansa.

A Air France-KLM comunicou na quinta-feira que está disposta a ter uma participação minoritária na nova Alitalia, "se forem confirmadas as perspectivas de rentabilidade". No mesmo dia, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, declarou que qualquer aliança com uma companhia aérea estrangeira significaria que esta teria uma participação minoritária.

Espera-se que a Alitalia anuncie um pedido para passar a companhia para uma administração especial, com um comissário extraordinário indicado pelo governo, já que a empresa está à beira da falência. As perdas no primeiro semestre foram da ordem de 400 milhões de euros.

O plano "Fênix" prevê a fragmentação de Alitalia em duas partes, uma sem dividas, que unirá as atividades rentáveis da companhia aérea que seriam compradas pela Companhia Aérea Itália (CAI), criada esta semana por um grupo de 16 empresários italianos. A CAI será a nova companhia aérea, criada a partir da união dos ativos e rotas rentáveis da Alitalia e da companhia aérea privada Air One, segundo maior do país.

A outra Alitalia, que ficará sob administração especial, ficará a cargo das dívidas e do resto das atividades. O governo italiano modificou ontem a lei que regula a quebra e falência das grandes empresas para abrir caminho para a criação da nova Alitalia e permitir a aplicação do plano "Fênix".

Fonte: ANSA

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