Brasil é homenageado na Expo de Zaragoza

16 de Junho de 2008 8:00pm
godking

O Brasil, que foi homenageado neste domingo, no segundo dia da Exposição Internacional de Zaragoza, na Espanha, está divulgando a riqueza de suas bacias hidrográficas e seus avanços em saneamento com 60 especialistas que participarão dos últimos meses deste fórum mundial sobre a água.

"Temos uma tecnologia bastante avançada em tratamento de águas residuais para sua recuperação, adaptando-se às condições climáticas de cada região do país e evitando a erosão do solo, explicou o comissário do pavilhão brasileiro na Expo, João Bosco Senra.

No entanto, o Brasil quer mostrar "a participação social" na política de águas, com "mais de 15.000 pessoas em um processo de recuperação de nossas águas", através das prefeituras e dos conselhos de bacias, explicou à AFP João Bosco, diretor de recursos hídricos do ministério do Meio Ambiente, que participou neste domingo da homenagem ao Brasil na Expo.

Dono de 11% dos recursos de água potável do planeta, o Brasil ainda tem muito a fazer, já que nas áreas urbanas, 7% da população não têm acesso à água de boa qualidade, porcentagem que aumenta para 40% nas zonas rurais, segundo o comissário.

Os desafios são "levar água à população, tratar as águas residuais para que não contaminem e avançar no processo de recuperação de nossos rios, principalmente nas áreas urbanas e na costa", o que "envolve uma conscientização sobre a importância do uso mais racional da água", explicou.

Tudo isso será exposto pelos 60 especialistas brasileiros que participarão do fórum Tribuna da Água, que buscará soluções globais para uma gestão adequada deste recurso natural, durante os três meses que dura o evento.

Dentro do espaço disponibilizado no pavilhão da América Latina, construído com materiais ecologicamente corretos, o Brasil divulga também a riqueza de suas três bacias hidrográficas (Amazonas, rio São Francisco e bacia do Prata) e seu sistema de administração dos recursos hídricos.

Ao contrário do México, que tem um pavilhão próprio, o Brasil "preferiu expor dentro do pavilhão América Latina", aplicando a "política externa do governo de fazer projetos cooperativos", segundo Bosco.

Fonte: AFP

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