Brasil: O Cruise Day 2007 superou as expectativas de participantes

08 de Junho de 2007 6:12am
godking

O Cruise Day 2007, realizado terça-feira passada (05/06) em São Paulo, contou com a presença de 1.406 agentes de viagens de 111 cidades de todas as regiões do país. O que significa um crescimento de 75% em relação à edição de 2006, que teve pouco mais de 800 participantes.

O evento foi organizado pela Associação das Agências de Viagens do Estado de São Paulo (ABAV-SP) e pelo Sindicato das Empresas de Turismo do Estado de São Paulo (SINDETUR-SP), com patrocínio da Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (ABREMAR), Redcard, World Plus, Concais S.A. e Píer Mauá, Durante a coletiva de imprensa foram apresentados os dados consolidados da última temporada de cruzeiros marítimos no Brasil.

Entre novembro de 2006 e março de 2007, a venda de cruzeiros marítimos gerou uma receita bruta de US$202.257.430 e mais de 3.700 empregos diretos, além de ter pago mais de US$21 milhões em comissões para agências de viagens. Os 11 navios presentes na costa brasileira na última temporada fizeram 415 escalas em 25 portos e transportaram um total de 300.017 hóspedes, sendo 287.171 brasileiros e 31.846 estrangeiros.

Os agentes também puderam assistir a uma palestra do jornalista Joelmir Beting sobre o Cenário 2007/2008 e um debate com os principais especialistas em cruzeiros marítimos do país.

O jornalista ressaltou que o lazer já está na cesta básica do brasileiro, mas que ainda há um hiato muito grande. "Exploramos apenas 16 ou 17% de um universo de 5 milhões de turistas em potencial. Nos Estados Unidos e Europa, esse potencial é explorado 100%", disse.

Para Eduardo Nascimento, presidente do SINDETUR-SP e da ABREMAR, "o país ainda esta engatinhando no que diz respeito à infra-estrutura dos portos para cruzeiros de cabotagem". Para ele, é necessário estimular a criação de novos portos de embarque e desembarque com o objetivo de receber cruzeiros de cabotagem e de longo curso.

Brancato, da Concais, ressaltou o crescimento do porto de Santos, que aumentou sete vezes em relação à 1998, de 5 mil m2 para 35 mil m2.

O comissionamento dos agentes de viagens também foi discutido. O presidente da ABAV-SP, Juarez Cintra, afirmou que os cruzeiros marítimos pagam boas comissões às agências, além de ser um produto que fideliza o cliente. "As armadoras, além de não reduzirem a comissão, não concorrem conosco vendendo pela web".

O diretor da Sun & Sea, Dado Nascimento, lembrou que há hoje um número muito maior de agências vendendo cruzeiros marítimos do que há cinco anos. "Essa comissão vem sendo pulverizada. Hoje temos uma base de cem agências ofertando produtos nesse segmento, quando esse número não passava de 30 em 2002".

Cláudia Del Valle, da Costa Cruzeiros, falou sobre a fidelização do cliente proporcionada pelos cruzeiros marítimos por ser o produto turístico com o maior custo benefício do mercado. "Quem oferece o primeiro cruzeiro marítimo acaba se tornando o agente preferencial deste cliente. Se ele começa com um roteiro de três dias, depois ele pode partir para um maior, um temático ou até um para o exterior", disse. "Os cruzeiros temáticos são a grande tendência do mercado, pois a programação é toda desenvolvida em cima de um tema e encantam quem participa", completa.

Guilherme Paulus, da CVC, ressaltou a boa expectativa em relação ao trabalho da ministra Marta Suplicy e o otimismo do trade em relação ao crescimento. "A indústria do turismo está otimista, ainda mais com o projeto do crédito consignado. Sentimos que há uma equipe que quer fazer um trabalho grande e se mostrou de portas abertas para os cruzeiros marítimos".

No encontro foram proferidas 17 palestras técnicas sobre os mais diversos produtos do segmento de cruzeiros marítimos e destinos para o Brasil e para o exterior. O evento teve 23 expositores, entre eles, Rio de Janeiro, Búzios, Vitória, Ilhabela e Santa Catarina.

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