Brasil reconfigura suas rotas aéreas para evitar congestão durante o Mundial
As linhas aéreas e o governo do Brasil estao numa carreira contra o relógio para modificar as rotas aéreas do país tendo em vistas evitar congestionamentos quando empece o Mundial de futebol em dois meses.
Para então tem se previsto que um maior uso de satélites de Sistema de Posicionamento Global (GPS, pelas suas siglas em inglês) ajude automatizar a navegação e os descensos até os aeroportos para que os aviões podam usar o espaço aéreo de forma mais eficiente. Além disso, a linha aérea GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. já usa um software sofisticado para aumentar o número de avioes pela rota, um processo que também agora combustível.
Desde dezembro, os avioes que viajam na rota mais congestionada do país -o voo de uma hora entre Rio de Janeiro e São Paulo— empezaram voar a menor distancia entre elas por novas trajetórias desenhadas para maximizar o uso de combustível e evitar retraços. Novas rotas em outras quatro grandes cidades —Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Vitória— uniram-se pronto, ainda que no está claro si estarão listas para quando empece a Copa do Mundo.
"Si não fazemos este cambio agora, não poderemos fazer frente à demanda do Mundial", disse o coronel Gustavo A.C. Oliveira, adjunto do Subdepartamento de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Brasil.
O Mundial se jugará em 12 cidades durante um mês a partir do 12 de junho. Espera-se que 600.000 estrangeiros cheguem ao Brasil, o que abarrotará ainda mais um espaço aéreo que tem-se congestionado conforme a economia tem crescido nos últimos anos.
O aeroporto de Brasília.
Desde 2002, o número de passageiros aéreos no Brasil tem-se quase triplicado a 200 milhões ao ano, e centos de novos aviões comerciais e privados tem-se somado à frota do país. Mas quase 4% de todos os voos comerciais no Brasil se cancelam ou interrompem pelo mal tempo, problemas mecânicos ou razoes de pessoal. Isso é o doble que nos Estados Unidos.
"Nosso espaço aéreo é como uma bola de espaguete", disse o capitão Pedro Scorza, diretor de operações técnicas da linha aérea GOL, a segunda do país por tráfico. "O mundo todo estará buscando notícias do Brasil" durante o Mundial, agrega. "Si a gente sai dizendo que o espaço aéreo está congestionado, que os voos estão retrasados, é uma mala imagem".
Marco Bologna, presidente executivo de TAM S.A. do Brasil, disse que a linha aérea se está assegurando de que seus pilotos estejam capacitados e certificados para as novas rotas. "Achamos que poupar tempo e, com certeza, combustível", disse. "Isso é muito importante". A divisão de Latam Airlines Group S.A. voa a 45 cidades brasileiras e é um pouco maior que GOL em voos nacionais.
A reformulação do espaço aéreo é um elemento do esforço do Brasil por modernizar seu sistema de aviação tendo em vistas o Mundial e os Jogos Olímpicos a se celebrar em 2016 em Rio de Janeiro. O governo também tem privatizado aeroportos para atrair inversão em novas terminais e pistas de aterrissagem, e o operador estatal de aeroportos, Infraero, está invertendo este ano em sistemas de radares e torres de controle. O 11 de maio se inaugurará um novo terminal no Aeroporto Internacional Guarulhos em São Paulo, com capacidade para 12 milhões de passageiros ao ano, um aumento de ao redor de 40% frente a seu nível de 2012.
David Neeleman, presidente executivo da linha aérea de desconto Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A., disse que o Brasil experimenta congestão nas suas grandes cidades, o que causa um desperdiço de combustível. O mais, o combustível para aviões no Brasil custa aproximadamente 17% mais do que o promédio global devido aos controles de preços do governo e a depreciação do real frente ao dólar. O Brasil está seguindo o modelo de outros países para desenhar patrões de voo que podem poupar combustível e tempo, acomodar mais avioes no céu e ajudar aos pilotos a navegar em mal clima.
Sinais de GPS e computadores sofisticados na cabina de mando podem agora guiar os aviões em trajetórias mais diretas e consistentes que permitem-lhes voar mais perto uma da outra. As rotas são calibradas tão minuciosamente que os pilotos que estão por aterrissar podem simplesmente monitorar descensos programados sem fazer os ajustes frequentes que usam combustíveis.
Devido a sua adoção tardia desta tecnologia, o Brasil se está beneficiando de recentes avanços na informática e ferramentas digitais. As autoridades de aviação escudrinharam miles de procedimentos de navegação e aterrissagem em todos os aeroportos analisados e fizeram provas para se assegurar de que as mudanças não puseram em risco a segurança.
A agência de tráfico aéreo recebeu ajuda de GOL, que se associou com a divisão de aviação de General Electric Co. para usar software da empresa estadunidense na identificação das rotas mais eficientes. As companhias injetaram centos de pontos de dados sobre um voo, incluindo velocidade do vento, ângulo de descenso, velocidade dos aviões e a posição dos ailerons—, em computadores que logo sugerem a rota mais ótima para poupar combustível.
Além de reduzir as suas probabilidades de retraso, as mudanças poupar dinheiro às linhas aéreas. Azul notou que a nova rota entre Rio e São Paulo podia reduzir entre quatro e cinco minutos cada um de seus 48 voos diários, economizando-lhe à empresa US$10 milhões ao ano, assevera Neeleman.