Caribe pede à ONU status de "área especial de desenvolvimento sustentável"
Os governos da região do Caribe pediram à ONU a aprovação do status de "área especial de desenvolvimento sustentável" devido à sua vulnerabilidade e degradação ambiental, com prejuízos para a pesca e o turismo, atividades econômicas fundamentais nesses países.
Em entrevista coletiva, o secretário-geral da Associação de Estados do Caribe (AEC), Luis Fernando Andrade Falla, garantiu que os estados da região "pagam um alto preço devido às mudanças climáticas".
Para Andrade, a degradação ambiental prejudica principalmente o turismo e a pesca, atividades muito vulneráveis pelos efeitos do aquecimento global e do impacto de outras atividades humanas como o tráfego de navios petroleiros pelo Canal do Panamá.
Os governos caribenhos alertam que os devastadores furacões desta temporada são um sinal das conseqüências da degradação ambiental e do que isso significa para as suas economias.
Segundo o relatório entregue pela AEC ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o turismo gera 13% do PIB e 15% do emprego no Caribe, região que recebe 25 milhões de turistas por ano.
O documento, que será apresentado na Assembléia Geral, aponta que o mar do Caribe, aberto a todas as frotas pesqueiras, é vulnerável à sobre exploração, o que é um grave risco para o emprego regional associado a essa atividade e para a alimentação dos segmentos mais desfavorecidos da população.