Caribenhos chamam a enfrentar reptos do desenvolvimento em países vulneráveis

16 de Julho de 2015 6:12pm
claudia

Países caribenhos pediram à comunidade mundial ter em conta as necessidades e condições dos estados mais vulneráveis em matéria de desenvolvimento sustentável e acesso a recursos para avançar para o mesmo.

"Estamos a discutir aqui o destino de milhões de seres humanos que esperam superar a pobreza, a fome, a contaminação ambiental, os conflitos, a opresão e a falta de recursos naturais", advertiu o delegado de Santa Lucia James Fletcher, na continuação da Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento, que tem lugar em Addis Abeba.

O ministro de Desenvolvimento Sustentável, Energia, Ciência e Tecnologia, chamou na terça e penúltima jornada do foro a adoptar um documento que ajude a romper esse círculo vicioso que atrapa a homens, mulheres e meninos em todo o planeta, mas sobretudo em nações vulneráveis, como os pequenos estados insulares.

Eles nos confiaram a missão de vir a Addis Abeba para melhorar suas vidas com acções concretas, sublinhou.

De acordo com Fletcher, urge uma nova arquitectura que inclua o cumprimento, pelos ricos, da prometida Assistência Oficial ao Desenvolvimento, o contribua do setor privado, a sustentabilidade da dívida externa, o comércio justo e o acesso ao investimento *foránea direta.

Assim mesmo, defendeu uma maior cooperação global, através de alianças que abordem as particularidades e necessidades de países como os 15 membros da Comunidade do Caribe (Caricom).

Também o ministro de Finanças e Planejamento de Jamaica, Peter Phillips, interveio na conferência, nesta capital, onde pediu aprender das experiências passadas e uma maior colaboração internacional. É importante que as discussões e as iniciativas derivadas das mesmas considerem o tratamento da dívida, o impacto da mudança climática, as crises económicas e os requerimentos de financiamento e tecnologia dos mais vulneráveis, disse.

Por sua vez, o chanceler trinitário, Winston Dookeran, instou a produzir no foro convocado por Nações Unidas um plano de medidas que permita enfrenar a pobreza, as desigualdades, os reptos do crescimento económico e a preservação do meio ambiente.

Devemos fazer realidade o princípio de não deixar a ninguém atrás nos novos Objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda pós-2015, expôs.

A Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento conclui amanhã aqui, quando se espera a adopção de um documento que de continuidade às linhas de trabalho fixadas nos encontros precedentes, em Monterrey (2002) e Doha (2008).

Supõe-se que o texto contenha os compromissos de financiamento requeridos para a implementação do novo marco de progresso global, previsto para o período 2015-2030.

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