Catástrofes aéreas: Linhas aéreas ao borde dum ataque de nervos

31 de Julho de 2014 6:30pm
claudia
Catástrofes aéreas: Linhas aéreas ao borde dum ataque de nervos

A primeira variável é problemática mais possível. A imagem de marca duma companhia é um de sues ativos mais valiosos, o que a identifica ante o público, mas quando esta imagem tem sido embaçada pelos desastres mencionados, cai em picado seu valor. A pergunta, sim embargo, é si seria suficiente uma mudança de marca para borrar da mente coletiva do público, ambas as catástrofes.

A segunda é mais espinhosa, pois quem queria investir numa linha aérea em caminho à bancarrota e que perde clientes a diário? O fato de que o segundo desastre não seja responsabilidade da companhia, senão do conflito bélico que arde na Ucrânia, não quita ferro ao assunto para os possíveis inversores.

Com todo, o diretor comercial da empresa, Hugh Dunleavy, afirmou ao diário Thetelegraph estar convencido de que a linha aérea pode renascer como a ave Fênix, de suas cinzas, a partir das mudanças. Está se a buscar novos inversores como poderiam ser os provenientes de Singapore Airlines e Thai Airways, dois das companhias das que é competidor tradicional.

Perdas de valor em mercado

O otimismo de Dunleavy está marcado negativamente pela perda de 35% do valor da empresa no mercado, e Bloomberg News calcula que se precisaria dum investimento de mais de 600 bilhões de dólares para se manter operativa em 2015. Isso, contando com que o seu público habitual decidira seguir voando com eles, mas está perdendo o apoio do governo malásio e a demanda do mercado chinês.

O governo malásio, que possui 69% da linha aérea através do fundo soberano, ainda estuda a mudança de marca para que a companhia sobreviva, e já em advertido que deixaria de injetar dinheiro até as contas quadrarem. Por isso, segundo especialistas, as mudanças não deveriam ser só cosméticas, senão que incluíram fortes reduções salariais e nova direção.

Embora não se especula se quer, quem serem esses novos diretivos, capazes de por as mãos sobre o que tem se convertido a companhia. Os consultores especializados dão por feita a quebra técnica, embora que se aplicasse a mudança de marca.

As perdas econômicas se quantificam em centenas de bilhões e com a baixa em valor da bolsa, as vendas de bilhetes voltam a cair, como aconteceu com o primeiro desastre do Boeing 777 que voava para China.

A este bombardeio econômico somam se outros temas igualmente explosivos: os problemas de custes que arrastra Malaysia Airlines há anos, com uma fatura de combustível que cresce a ritmo de 40%. Em números redondos, todo isto significa que perde uns dois milhões de dólares diários. Semelhante sangria pode levar a qualquer uma companhia ao borde da bancarrota.

Mas por outra parte, a mudança de marca também está resultando polémica, pois a companhia, fundada em 1947, é a principal ferramenta do país para atrair turismo e este, a sua vez, é sua principal indústria.

Para muitos no governo e as finanças, é vital que o alinha aérea leve o nome do país… mas isso seguiria invocando as tragédias associadas com as siglas MH.

Neste beco aparentemente sim saída, o prazo de resistência tem vida limitada: segundo a consultora de aviação malásia EndauAnalytics, as reservas próprias de Malaysia Airlines seriam suficientes para suportar uns seis meses mais nessa situação. Mais lá desse prazo as perspectivas são negras: quebra ou transferência a mãos privadas, tal vez a uma dessas financeiras que se dedicam a comprar companhias em apuros para vender logo seus ativos por partes, o mais temido canibalismo empresarial.

Centos de tragédias humanas.

Após as frias cifras estadísticas e financeiras manejadas pelos economistas, jazem centenas de tragédias humanas, as dos familiares dos falecidos no voo de Ucrânia e dos desaparecidos no oceano austral, especialmente estes que ainda vivem com a incerteza de que podam se recuperar os corpos.

O governo de Malásia tinha prometido não deixar pedra sim mover, mas o tempo passa e as expectativas diminuem em proporção inversa. Enquanto a linha aérea já tem entregado 50 mil dólares a algumas famílias como compensação, embora na exista dinheiro que poda aliviar a angustia pela desaparição de seus seres queridos.

Estranhas especulações conspirativas

Sim embargo, a natureza humana consegue sempre surpreender-nos, esta vez e nada menos que com as mais estranhas teorias conspirativas ao redor de ambos os fatos. Por absurda que pareça a ideia, há quem mantem que o avião dos voos MH370 e MH17… são o mesmo aparelho.

A aeronave derribada na Ucrânia era um Boeing 777-200 e sua matrícula M9-MRD, enquanto que o MH17 também era de igual marca e modelo, com matrícula M9-MRO. Quando desapareceu o MH370, teve teorias de que o avião tinha sido sequestrado, já seja por terroristas e inclusive abduzido por extraterrestres.

Como exemplo, pode se citar o portal de internet “Human Are Free”, conhecido por publicar temas polémicos, desde a agenda dos “Illuminati” até como “conectar-se” com todas as coisas vivas, que num artigo titulado “As quase impossíveis coincidências entre o MH370 e o MH17”, especula sobre a existência dum mesmo avião em ambas as catástrofes.

Outra, ainda mais alucinante cita a um “alto comandante das autodefesas ao este da Ucrânia,” da qual se fiz eco a AssociatedPress, sugerindo que muitas vítimas poderiam ter morrido dias antes de que o avião despegara, deduzindo que os cadáveres no lugar do acidente poderiam ser os dos passageiros do MH370.

Em apoio de tais versões, uma captura de tela do portal Flight Radar 24, que toma sinais de todos os radares aéreos, afirma que o voo MH17 foi cancelado, segundo assegura também “Humans Are Free.” E estas são as mais “lucidas” entre as teorias da conspiração, pois outras que correm por Internet, inclusive aludem a extraterrestres e OVNIS.

Em resumo, que além de que as linhas aéreas do mundo estejam ao borde dum ataque de nervos, preocupadas pela segurança aérea, teríamos que citar a frase do famoso escritor e astrónomo  –Arthur C. Clarke- quem disse que “os OVNIS não têm me ensinado muito sobre a vida extraterrestre, mais sim sobre a estupidez humana.”

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