Com aprovação de Céus Abertos, Brasil pode receber 47% a mais de americanos
O Brasil poderá receber um número muito maior de turistas norte-americanos (os EUA ocupam o segundo lugar do ranking dos que mais enviam viajantes ao nosso País). Estudos da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) estimam que o movimento de passageiros estadunidenses para o Brasil pode crescer 47%, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (19), do acordo de céus abertos que permitirá uma ampliação no número de voos dos Estados Unidos para o País e vice-versa. A matéria agora terá de ser analisada pelo Senado. Para o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, a aprovação é um passo adiante na modernização e na internacionalização do Brasil.
“Sem limites de frequências, vamos ter mais voos. E, com o visto eletrônico, que será lançado no próximo 25 de janeiro nos EUA, o fluxo turístico internacional em direção ao Brasil vai crescer ainda mais. O movimento ficará mais completo com a aprovação das reformas do [plano Brasil] Mais Turismo, com a Embratur reforçada e com a abertura do capital das aéreas em 2018”, afirma o presidente.
Ainda de acordo com a IATA, o acordo de céus abertos com os Estados Unidos já foi assinado por 120 países, dos quais cinco estão no continente sul-americano (Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai). “Em todos, houve um aumento significativo dos voos, com benefícios para os passageiros e promoção do desenvolvimento dos setores aéreo e de turismo”, completa Lummertz.
Para o presidente da Embratur, no dia a dia, o acordo servirá para que as empresas ampliem a oferta de voos, além de expandir e fortalecer o transporte de carga. Com isso, haverá impacto na geração de empregos e contribuirá para o crescimento do Brasil, com desdobramentos e ramificações dos benefícios para outros setores da economia e da sociedade.
“Quebrando entraves burocráticos, o Brasil consegue avançar de maneira mais eficaz, impulsionando a economia e fortalecendo diversos setores da cadeia produtiva, como nesse caso o da aviação comercial”, reforça Lummertz. Segundo o presidente, a modernização da legislação e abertura do País para o mercado internacional traz diversos benefícios para o nacional. “Ao passo que provemos maior segurança jurídica, atraímos mais investimentos e oportunidades para o Brasil. Nesse caso, temos também a chance de estimular o fluxo de turistas para o País, ou seja, duas fontes de receitas: os turistas estrangeiros e os investimentos das companhias aéreas”, complementa Lummertz.