Comissão parlamentar recomenda expropriação da Aerolíneas Argentinas

21 de Novembro de 2008 12:18pm
godking

A Comissão Bicameral de Reforma do Estado e Acompanhamento das Privatizações do Parlamento argentino recomendou na terça-feira passada (18/11) ao plenário do Legislativo avançar em direção a uma lei de desapropriação da Aerolíneas Argentinas, depois que o grupo espanhol Marsans rejeitasse a avaliação da empresa feita pelo Tribunal de Taxação argentino.

O trâmite de debate de uma lei poderia levar pelo menos um mês, e a Marsans reiterou em várias oportunidades que usará de todos os meios legais se perder a Aerolíneas Argentinas.

A sentença foi aprovada após uma reunião à qual os legisladores tinham convocado o presidente da companhia aérea e vice-presidente da Interinvest (Marsans), Horacio Fargosi, e Jorge Molina, representante do grupo espanhol na direção da empresa.

O Governo de Cristina Fernández de Kirchner e Marsans negociavam desde julho a transferência da empresa ao Estado argentino, dono de 5% da companhia, mas as conversas praticamente não tiveram avanços desde que as partes apresentaram suas avaliações da companhia.

Segundo o Executivo, a Aerolíneas Argentinas deve US$ 832 milhões, por isso não deveria pagar nada, enquanto para a Marsans vale entre US$ 330 e US$ 546 milhões, segundo determinou o banco Credit Suisse, ao qual o grupo espanhol encomendou uma avaliação.

A Marsans pedia a convocação de um terceiro taxador independente, cuja avaliação seria inapelável, tal como estabeleceu a ata assinada com o Governo em 17 de julho, quando começou a negociação.

No entanto, o Governo rejeitou esta possibilidade ao argumentar que o Parlamento, no início de setembro, aprovou uma lei que valida o resgate estatal, mas estabelece que o Legislativo é quem vai autorizar o preço que o Estado pagará à empresa.

EFE

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