Crise turística poderia provocar renúncia de líderes caribenhos

Um pedido de fundos no valor de US$ 188 milhões para promoção e comercialização de destinos é uma das propostas que avaliará a Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade do Caribe (Caricom), em julho. Alguns líderes regionais poderiam renunciar caso não fossem aprovados os fundos.

Allen Chastanet, ministro de Turismo e Aviação da ilha de Santa Lúcia, criticou recentemente - durante 17ª Reunião do Caribe sobre Turismo Sustentável, realizada em Porto Rico - a incapacidade de diversos governos do Caribe para a exploração do mercado turístico.

"Temos que pôr fim ao debate, sair da inércia e adotar uma nova perspectiva", disse o líder caribenho, quem anunciou sua renúncia se os líderes da Caricom não aceitassem a proposta de US$ 188 milhões para a reativação do turismo caribenho.

Também Terestella Denton, diretora executiva da Companhia de Turismo de Porto Rico, afirmou que deixaria seu cargo em julho caso não fosse aprovada a ajuda financeira que tiraria a indústria turística do Caribe da situação em que se encontra.

Na opinião de Chastanet, membro da diretoria da Organização de Turismo do Caribe (CTO), a região perdeu muitas oportunidades e agora enfrenta uma crise, agravada pela escalada do preço do combustível e pela redução das conexões aéreas.

"Temos que agir imediatamente porque outros países do mundo sabem da importância do turismo", disse Chastanet, quem lamentou que o crescimento do turismo no Caribe seja de 4% enquanto o crescimento mundial é de 7%.

"Precisamos de ações porque o tempo acaba para o Caribe", afirmou Chastenet, quem lembrou à imprensa que os ministros do Turismo da região irão se reunir em 29 de maio em Antígua e posteriormente, em 24 de junho, em Washington.