Cruzeiros: vida à “economia azul”

18 de Junho de 2018 3:10pm
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Cruzeiros: vida à “economia azul”

Faz alguns anos, a cifra anual de passageiros que se embarcam em cruzeiros em todo mundo sustenta um importante crescimento.

Segundo a Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA), a principal autoridade e voz da comunidade global de cruzeiros, em 2017 a indústria atingiu os 26,7 milhões de passageiros de cruzeiros, desde uma previsão de 25,8 milhões para esse ano.

Para este 2018 prevê-se atingir os 28 milhões de passageiros, se tem-se em conta o calendário de lançamento dos novos navios e o desdobramento regional previsto, tem reiterado a Associação.

O Caraíbas, uma vez mais, figurou como o destino mais eleito (35 %), enquanto Estados Unidos foi o principal mercado emissor, seguido por Chinesa.

O mar Mediterrâneo, com algo menos de 16% da oferta em todo mundo, foi o segundo destino mais importante e Europa, sem contar a região mediterrânea, ocupou a terceira posição da lista com um 11%, segundo dados difundidos.

Os números não só assinalam o crescimento de uma indústria eficiente, sina que chamam para a reflexão e o compromisso destas grandes naves com as águas que calcam.

“Se queremos beneficiar-nos plenamente dos oceanos, devemos investir a tendência à degradação do meio marinho causada pela contaminação, a exploração excessiva e a acidificação” advertiu em 2013 o então secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.

Este 5 junho, Dia Mundial do Meio ambiente, dedicado à luta contra a contaminação por plásticos, foi uma constante a pergunta de como reduzir o impacto meio ambiental que provocam esses luxuosos colossos do turismo.

“Conservar e utilizar em forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”, é a máxima que encerra o objetivo número 14 da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável.

Desde a Organização Mundial de Turismo (OMT) reconhece-se o papel que desempenha o turismo naqueles lugares onde a atividade marítima é a base da economia.

CLIA, entidade que engloba às 58 principais companhias navegação do mundo, assegura que todos seus sócios se acolheram a um código de vertidos zero de águas e resíduos não tratados e sustenta que é bem mais exigente inclusive que a legislação internacional que sim os permite em determinadas circunstâncias.

Outras ações para contrariar o impacto ambiental estão sócias ao uso do gás liquefeito como combustível limpo para os barcos.

A União Europeia e depois a OMT têm decidido tomar cartas no assunto, e prevê-se que a partir de 2020 todos os barcos utilizem um combustível com um conteúdo de enxofre de 0,5% (LSFO), segundo reportou Metrópole Aberta.

O gás natural liquefeito (GNL), é o combustível mais eficiente e limpo que existe porque reduz a zero as emissões de óxidos de enxofre e quase elimina as partículas em suspensão, enquanto as de óxidos de nitrogênio caem um 85%.

A OMT estima que um terço dos turistas elege o destino em base a sua sustentabilidade, ao menos o 39% dos turistas gostaria de provar um “ecotour”, tours respeitosos com o meio ambiente e o 79 % considera de importância reservar um hotel que aplique práticas ecológicas e sustentáveis.

Por isso, se reconhecemos nos mares e oceanos o principal aliado para a prosperidade deste negócio turístico, os cruzeiros devem aparecer como uma oportunidade de crescimento e não um impedimento para nosso desenvolvimento sustentável.

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