Cuba e Estados Unidos lembram restabelecer relações diplomáticas

Os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram a restauração de relações diplomáticas entre Havana e Washington. "Temos lembrado a restauração das relações diplomáticas (...) A decisão de Obama merece o respeito e reconhecimento do nosso povo (...) Quero reconhecer o apoio do Vaticano e especialmente do papa Francisco à melhoria das relações entre Cuba e os Estados Unidos. Mesmo assim, ao Governo da Canadá, pelas facilidades criadas para o diálogo", acrescentou Raúl Castro. Obama disse que a mudança de política “era o correto” para o povo cubano e o estadunidense e que os Estados Unidos querem lhe fazer “mas fácil” a vida aos cubanos e eliminar medidas que são “um ônus” sobre o mesmo povo ao que se pretende ajudar, disse referindo ao embargo. O primeiro passo do acordo foi um intercâmbio de prisioneiros entre ambos os países. O sub-contratista Alan Gross foi liberto “por razões humanitárias” pelo governo cubano. Por sua vez, os Estados Unidos libertaram a Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino, encarcerados durante 16 anos por supostos cargos de espionagem. As medidas da Casa Branca incluem o restabelecimento pleno das relações diplomáticas, o levantamento da maioria das restrições de viagens à ilha de cidadãos estadunidenses, a facilitação de transações bancárias entre ambos os países e a revisão da inclusão de Cuba na listagem de estados que patrocinam o terrorismo, entre outras medidas. Washington anunciou que nos próximos meses voltar-se-á a abrir uma embaixada em Havana e realizar-se-ão "trocas e visitas de alto nível" entre ambos os governos, "como parte do processo de normalização". "Como primeiro passo, a subsecretaria de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental liderará à delegação dos Estados Unidos na próxima rodada de negociações sobre Migração entre ambos os países no próximo mês de janeiro de 2015 em Havana", acrescentou a Casa Branca.