Cuba não tem casos de ebola, assegura o MINSAP

Até o momento Cuba não reporta nenhum caso da doença viral ebola, assegurou o doutor Manuel Santín, diretor nacional de Epidemiologia do Ministério de Saúde Pública (MINSAP).

Em conferência de imprensa, Santín explicou que até a data se reportaram1 711 casos e 932 mortes em Guiné Conakry, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.

Santín precisou que a propagação no África Ocidental, entre e dentro de países limítrofes que registam a maioria dos casos, se deve à alta circulação fronteiriça, problemas na identificação e rastreamento dos contatos, práticas não ótimas de prevenção e controle de infecções, e a existência de correntes de transmissão que não têm sido detectadas.

Ainda que Cuba não tem voos diretos com as nações afetadas pelo Ebola, a introdução do vírus pode se dar através de viajantes internacionais, fundamentalmente pela via aérea, pelo qual se extremam as medidas e esforços pelas autoridades nacionais para fazer frente à possível introdução, acrescentou Santín quem também assegurou que os colaboradores cubanos não estão a trabalhar onde há brotes desse mau e se extremam as medidas individuais, tanto higiênicas como de uso de meios de proteção, entre eles luvas, batas e máscaras.

Neste período os que têm vindo desses países de férias se lhes tem realizado isolamento e vigilância estreita para evitar que entre a doença a Cuba, pois o Ebola no período de incubação não tem sintomas, disse Santín.

O doutor Jorge Pérez, diretor do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí explicou que o primeiro brote de ebola se detectou em 1976, no Congo, e o morcego é o reservatório natural da doença, ainda que se registaram brotes causados por espécies de gorilas e chimpanzés.

Kourí enfatizou que o principal modo de transmissão pessoa a pessoa ocorre mediante o contacto direto entre secreções corporais (sangue, suor, leite materna e sêmen, entre outros), e alertou que os sintomas como a febre, a dor de cabeça, e arrepios, se podem confundir com outras doenças.