Cúpula das Américas, um impulso para indústria hoteleira no Panamá
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A VII Cúpula das Américas, que terá lugar no Panamá, tem acordado um enorme interesse em todo mundo, porque será a primeira à que assistirá Cuba, num contexto de gradual restauração das relações com Estados Unidos.
Para a economia panamenha, em especial a indústria hoteleira, este evento terá uma enorme importância, porque poderia deixar rendimentos estimados entre 50 e 80 milhões de dólares que beneficiariam, além da hospedagem, a restaurantes, rentadoras de autos, comércios, linhas aéreas e outros serviços colaterais.
Durante uma semana, mais de 12 mil visitantes chegarão ao Panamá, para intervir em diversas atividades entre as que se incluem a II Cúpula Empresarial das Américas, o Primeiro Encontro de Reitores de Universidades da região, o Foro Hemisférico da Sociedade Civil, um Encontro de Jovens e reuniões ministeriais por setores, dantes do esperado encontro entre os Chefes de Estado da região, previsto para o 10 e 11 de abril.
De acordo com Sandra Pardo, presidenta da Associação Panamenha de Hotéis (APATEL), a Cúpula permitirá potenciar o rendimento de visitantes ao país e obter resultados alentadores para o turismo e a economia.
Atualmente o Panamá conta com 28.424 habitações em nível nacional. Deste total, um 65% encontra-se na cidade capital, um 12% na província de Coclé e um 9% na província de Chiriquí. Na cidade capital construíram-se 4 mil novas habitações, entre 2010 e 2014, um crescimento que se traduziu numa baixa ocupação.
Na semana de atividades da Cúpula utilizar-se-ão umas 8 mil habitações, que representam o 40% dos quartos disponíveis. Segundo Jaime Campuzano, presidente da Câmara de Turismo do Panamá, vários hotéis já não têm quartos disponíveis para essas datas.
Além das habitações que utilizar-se-ão em hotéis sede (Sheraton Panamá, *RIU Praça e Miramar Intercontinental), onde estarão hospedadas as delegações dos 35 países participantes, se espera um efeito cascata no resto da praça, que terá que absorver o movimento normal de turistas.
A diretora da comissão de turismo da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá, Annette Cárdenas, valorizou como muito positivo o impacto da Cúpula; no entanto, indicou que seu efeito será por poucos dias.
“Precisamos trazer mais eventos grandes, somado a uma campanha internacional, porque devemos competir com o mundo e nestes momentos não temos uma promoção externa”, disse Cárdenas.
Enquanto, Pardo reiterou que o turismo panamenho requer tomar acções necessárias e imediatas, como a implementação de um fundo misto de promoção turística, que permitam obter resultados para atrair visitantes de maneira sustentável ao igual que o resto dos países da região.