Dificuldades levam a American Airlines a pedir proteção contra falência

30 de Novembro de 2011 8:37am
Dificuldades levam a American Airlines a pedir proteção contra falência

A AMR Corp, controladora da American Airlines, fez um requerimento voluntário de proteção contra falência nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11, em uma corte de Nova York nesta terça-feira para reestruturar sua dívida.

A empresa possui ativos avaliados em 24,72 bilhões de dólares, enquanto as dívidas totalizam 29,55 bilhões de dólares. A companhia disse ainda possuir 4,1 bilhões de dólares em caixa.

A AMR afirmou que tanto a American Airlines quanto a American Eagle devem operar seus voos normalmente durante o processo de Chapter 11, que permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores.

Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.

O Capítulo 11 permite ao devedor manter todos seus ativos, se opor às demandas de seus credores, adiar os prazos de seus pagamentos e até reduzir unilateralmente sua dívida. Em contrapartida, obriga a empresa que se coloca sob sua proteção a dar ao juiz das falências informações detalhadas sobre o andamento das transações sobre seus credores.

Custos trabalhistas têm sido uma grande dor de cabeça para a companhia. Salários e benefícios aos trabalhadores dos sindicatos são geralmente mais elevados que os das rivais que se reestruturaram na última década, indica a agência Reuters.

A AMR acrescentou que o pedido não terá impacto legal direto nas operações fora dos Estados Unidos e que não está considerando o uso de uma linha de crédito especial destinada a companhias em dificuldades financeiras ou sob a proteção no processo de recuperação judicial.

De acordocom informações do G1, o pedido de concordata da companhia aérea American Airlines derrubou as ações da empresa, que perderam mais de 80% do valor no pregão desta terça-feira (29).

No grupo das grandes que já recorreram à lei da concordata, algumas mais de uma vez, aparecem nomes como Delta Air Lines e Northwest Airlines (ambas em 2005), que posteriormente anunciaram fusão, e United Airlines (em 2002), que recorreu à mesma estratégia e se uniu com a Continental – que, por sua vez, também já recorreu ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos em 1983 e em 1990. A US Airways (em 2002 e em 2004) e a Hawaiian Airlines (em 1993) também aparecem na lista.

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