Em Cuba já se fala em adaptação às mudanças climáticas

Previsões do Painel de Mudanças Climáticas da ONU indicam que fenômenos naturais como secas, enchentes e furacões serão mais fortes como conseqüência das mudanças climáticas. No Caribe, furacões mais fortes já estão acontecendo com maior freqüência. Não é possível evitá-los, mas a população deve se adaptar e conviver com eles, mitigando seus efeitos. Assim, em Cuba, depois de Paloma, as autoridades falam em evitar as construções no litoral.

Juan Poll, presidente da Defesa Cívil em Santa Cruz del Sur, na província de Camagüey, insistiu na necessidade de que os habitantes das costas compreendam a nova situação. "Não é possível continuar a construir duas e três vezes casas que são destruídas pelo vento e as ondas", disse.

Santa Cruz del Sur, sem eletricidade, com uma boa parte das casas danificadas ou destruídas, foi o município que recebeu o primeiro impacto de Paloma no sábado passado, exatamente 76 anos depois de ter sido arrasado pelo furacão de 1932, que deixou mais de 3 mil vítimas e que se considera o pior desastre natural em Cuba.