Embraer: novos desafios industriais

20 de Abril de 2007 7:49am
godking

Quando assumir a presidência-executiva da Embraer na próxima semana, Frederico Fleury Curado deverá enfrentar grandes desafios industriais devido ao crescimento esperado das entregas de aeronaves para os próximos anos.

"Nós temos que entregar aquilo que já temos vendido. O volume de vendas gera aumento da atividade industrial", disse Curado a jornalistas nesta quarta-feira, durante almoço de encerramento da gestão de Maurício Botelho, presidente da Embraer desde a privatização da empresa, em 1994, informou a agência Reuters.

A Embraer terminou o primeiro trimestre com carteira de pedidos de US$ 15 bilhões, cifra recorde na história da fabricante, e espera entregar entre 165 e 170 aviões em 2007, contra 130 unidades no ano passado, voltando ao nível registrado antes dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Para 2008, a expectativa é entregar até 205 aeronaves comerciais, militares e executivas - incluindo os primeiros 15 a 20 aviões de pequeno porte Phenom 100, ainda em desenvolvimento.

"Há muita movimentação nas companhias aéreas, tanto no mercado de aviação comercial como executiva, porque a economia mundial está crescendo", disse Curado, que prevê aumento das frotas nos Estados Unidos, o que poderia beneficiar a Embraer.

De acordo com Curado, a empresa teria espaço para atender pedidos brasileiros ou estrangeiros em 2009, pois a produção de aviões comerciais da Embraer está preenchida até o próximo ano.

Quanto a novos produtos, Curado comentou que há três modelos em desenvolvimento para aviação executiva, os dois Phenom e o Lineage 1000.

A companhia chegará ao final da década com capacidade anual de produzir cerca de 170 jatos regionais de 70 a 118 lugares, de 25 a 30 aviões executivos Legacy e 240 unidades das aeronaves Phenom 100 e 300, disse Curado.

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