Entrevista a Lawrence Reinisch, Diretor WTM Latin American

05 de Abril de 2017 4:58pm
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Entrevista a Lawrence Reinisch, Diretor WTM Latin American

No marco das edições 2017 de WTM Latin America e Braztoa, celebradas na cidade brasileira de São Paulo, Caribbean News Digital entrevistou em exclusiva ao diretor dessa importante cita, o senhor Lawrence Reinisch.

Esta é a quinta edição de uma feira de sucesso que se está a programar dentro do circuito da região latino-americana e que no ano passado teve rendimentos maiores aos 330 milhões de dólares. ¿Quais são as expectativas no primeiro dia?

Já estamos no primeiro dia e vemos muitas mais pessoas que no primeiro dia do ano passado, os corredores estão todos cheios e também a parte da alimentação. As sessões das conferências que já estão também cheias. Estamos muito felizes de uma recepção tão grande num evento que é totalmente para profissionais, é um evento B2B, só com profissionais de turismo.

Neste ano, ademais, está a fazer-se especial ênfase na parte de tecnologia dentro do turismo. ¿Estão em Google ou Facebook?

Sim. Já no ano passado creiamos a Travel Talk Show, que é um evento que já tinha em WTM em Londres e agora colocamos também desde o ano passado WTM Latin America. O objetivo é mostrar toda a tecnologia que está disponível hoje para os funcionários de turismo e negócios neste setor.

¿Acha que WTM Latin America está a apoiar a que se venda a região latino-americana como um conjunto turístico e não de forma individualizada que ao final faz perder turistas aos diferentes países?

Em primeiro lugar, este é um evento que não é brasileiro, sina latino-americano que promove Latinoamérica para o mundo e o mundo para Latinoamérica. Tanto para os países que vêm como os que se promovem é fundamental a gestão da integração dos países da região porque muitas vezes temos problemas para viajar entre países muito vizinhos e então temos que desenvolver a cada dia mais os voos entre esses países. Por exemplo, entre Brasil e Argentina temos mais de 40 voos diários, é uma coisa incrível, mas entre Brasil e Colômbia temos três voos diários. Temos que multiplicar isso por 10.

Há alguns que nem sequer têm conectividade.

Temo-los, sim, temos que criar mais e mais conectividade aérea para uma maior integração.

Esses podem ser os pontos negativos da própria região, mas ¿quais são os pontos positivos que destacaria?

Temos como um ponto muito positivo o facto de que nós os latino-americanos somos um povo muito hospitaleiro e isto se deve muito a nossa origem indígena, mas também africano, europeu, asiático. Esta mistura de raças fez-nos muito tolerantes com a diversidade e por isso estamos sempre muito preocupados por compreender o que os outros, os estrangeiros, as pessoas que têm cultura, o que eles querem falar e querem dizer. Temos esta grande flexibilidade e tudo isto é uma grande virtude de nós que facilita muito a viagem de estrangeiros para cá.

Centrando-nos em Brasil, esta manhã o ministro tem comentado os planos futuros em curto prazo de isenções de visa e a facilitação a mais turismo. Agora mesmo para WTM, ¿qual é o mercado potencial para que esteja no ano próximo nesta feira o que ainda não tenha vindo, para que vinga à feira a se expor dentro da região?

Provavelmente o que vai suceder é que um grande número de viajantes de Estados Unidos, de Canadá, Japão, Austrália que precisam de um visto para viajar a Brasil, que são os grandes emissores, se criámos um programa de visto waiver ou de vistos eletrônicos aumentará muito o número de viajantes para cá. Com isso conseguiremos uma maior participação dos profissionais do turismo desses países na feira também.

¿Há surpresas neste ano, como a participação por exemplo de Bahamas?

Temos a participação nova de Palestiniana, Nicarágua e Bolívia, um país vizinho que temos que conhecer mais, é um país fascinante que agora está a ser descoberto para o turismo.

¿Dentro de América Central faltaria por estar Salvador, Panamá?

Temos Panamá, El Salvador, agora Nicarágua. Fizemos neste ano um road show com cinco países da América Central que queremos atrair, agora o próximo é o Guatemala, depois Costa Rica, Belize e Honduras.

Bahamas e Aruba são os dois únicos países propriamente caribenhos que estão aqui, de fala não hispana. ¿Pretende WTB fazer algum tipo de acordo com a Caribbean Tourism Organization para potenciar a promoção do Caribe e de Brasil?

Acho que a promoção do Caraíbas em Brasil é muito bem feita pelos operadores de BRAZTOA que estão localizados lá, porque o Caribe é um destino muito popular entre os brasileiros porque temos praias, mas eles também as têm magníficas. Acho que isto vai ajudar ao desenvolvimento e é claro que a associação dos países caribenhos pode ajudar muito.

¿Que contribui realmente para o mercado internacional que a WTM esteja unido aos encontros de BRAZTOA?

Para nós é muito importante e por isso é que temos a BRAZTOA com nosso parceiro desde o primeiro ano. BRAZTOA para nós é como a partner ideal, fizemos uma cooperação em longo prazo que é benéfica para nós e para eles.

¿Quer agregar algo mais?

Quero agradecer que tenham vindo aqui para informar a seus leitores de todo o que estamos a fazer cá. Convido a todos para vir a São Paulo para ver a próxima edição de WTM Latin America que será de três ao cinco de abril de 2018.

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