Espanha suspende feriados prolongados à procura de maior produtividade
Em seu discurso de posse, o novo presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, declarou que todos os feriados do próximo ano serão comemorados em segundas-feiras, considerado um dia menos produtivo, eliminando assim as "pontes" ou prolongamentos, com exceção das festas mais tradicionais.
A medida, cujo objetivo é o aumento da competitividade empresarial, é uma exigência da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais – CEOE e significa uma revolução no calendário de trabalho dos espanhóis.
Assim, só ficariam quatro dias do ano como até agora: 1 de Janeiro, Sexta-Feira-Santa, o Dia da Festa Nacional (12 de outubro) e o Natal.
Para a CEOE, a mudança não deve prejudicar o setor turístico (um dos argumentos mais utilizados por aqueles que defendem os feriados prolongados) "porque a existência desses feriados não garante que 100% dos funcionários possam desfrutar deles".
As agências de viagens veem a outra cada da moeda. A Federação Espanhola de Agencias de Viagens (FEAAV) considera não estar demonstrado o aumento da produtividade com a medida que pode afetar a principal indústria do país, que representa 11% do PIB. Entre os destinos mais afetados poderiam estar as Baleares e as Canárias.
No entanto, para a Exceltur, associação que reúne as grandes empresas do setor, "tudo que seja bom para o aumento da produtividade e para a criação de empregos é bom para o turismo".
O pacote do novo governo inclui outras medidas com as quais pretende tirar a a Espanha da crise como congelamento do emprego público, reformas fiscais e educacionais, utilização de todas as tecnologias energéticas disponíveis, aposentadoria aos 67 anos, entre outras.