EUA fecharam websites europeus que promoviam turismo para Cuba

O governo dos EUA fechou diversos sites em funcionamento a partir da Espanha, pertencentes a um cidadão britânico residente em território espanhol que enviava turistas europeus para Cuba.

As medidas foram aplicadas ao britânico Steve Marshall, domiciliado em Tenerife desde 1986, proprietário de uma agência de viagens que trabalha com diversos sites sobre cultura e turismo em Cuba.

De acordo com o jornal Público, da Espanha, em outubro passado Washington ordenou fechar esses sites à empresa americana eNom, fornecedora de serviços na Internet, de propriedade norte-americana, a partir das leis de bloqueio econômico contra Cuba.

De acordo com a mesma fonte, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou que os sites de Marshall na Internet, na maior parte guias turísticos, foram incluídos numa lista negra de entidades com vínculos comerciais com Cuba.

Marshall reclamou aos órgãos da União Européia (UE), que alegaram que não podiam fazer nada, apesar de se tratar de um cidadão britânico, residente na Europa, que opera a partir de um país deste continente e tem clientes europeus.

A comissão da UE argumentou que a empresa proprietária dos sites radica legalmente nas Ilhas Virgens Britânicas, um território fora da Europa, e aconselhou a Marshall que iniciasse um processo judicial por danos, através de sua empresa espanhola, ou que pedisse ao governo do Reino Unido que interceda perante as autoridades de Washington para que permitam transferir os domínios para um servidor europeu.