Expedição cubano-estadunidense ao "Humboldt" culmina nesta quinta-feira

09 de Novembro de 2015 7:39pm
claudia
Expedição cubano-estadunidense ao "Humboldt" culmina nesta quinta-feira

Uma expedição conjunta do estadunidense museu Americano de História Natural (AMNH) e do Nacional de História Natural (MNHN), de Cuba concluiu hoje um percurso de 18 dias pelo Parque Nacional Alejandro de Humboldt (PNAH).

A equipa multidisciplinar reunir-se-á nesta quinta-feira com a imprensa local para informar sobre esse périplo, durante o qual levaram a cabo estudos filogenéticos de vertebrados e invertebrados, nessa imensa área protegida, núcleo principal da reserva da biosfera Lâminas do Toa.

Credor do Título Honorífico de Patrimônio da Humanidade, concedido em 2001, pela Organização de Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o PNAH distingue-se pelo alto grau de conservação e endemismo de sua biodiversidade, a mais rica do Caribe Insular. 

A pesquisadora norte-americana Ana Luz Porzecanski, Diretora do Centro de Biodiversidade e Conservação do AMNH declarou que desde faz décadas não se realiza uma expedição dessa magnitude a estes lugares do maciço Sagua-Baracoa, considerado um dos pontos quentes de biodiversidade existentes no mundo.

Manifestou Porzecanski sua esperança em que estas jornadas pelos bosques húmidos tropicais melhor conservados da região, constitua o ponto de partida para futuras e favoráveis investigações entre Cuba e os Estados Unidos.

A ilha caribenha e o país nortenho compartilham 49 espécies animais e oito espécies de plantas declaradas pela União Internacional para a Conservação da Natureza e os Recursos Naturais (UICN) como "globalmente ameaçadas".

Junto a essa instalação cultural, arraigada em Nova Iorque, e ao MNHN, intervieram na empresa investigadores da Unidade Provincial de Serviços Ambientais, adscrita à delegação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (CITMA), a que, igual que o “Parque”, ostenta o nome do científico alemão, considerado o Segundo Descobridor de Cuba.

Durante a excursão científica os experientes de ambas as nações desandaram os prédios por onde faz quatro décadas ainda se escutavam os trinos –semelhantes aos de uma corneta china- do Carpinteiro Real, do qual se reportaram vários avistamentos no “Humboldt” durante o último terço do passado século.

Uma circunstância que chamou a atenção da parte estrangeira foi a gestão do Estado Cubano, em especial do Centro Nacional de Áreas Protegidas e a UPSA, para conservar o habitat do também conhecido como Carpinteiro Bico de Marfim.

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