Expõem avanços legislativos para proteção ambiental no Caribe
O coordenador do Programa Ambiental de Nações Unidas (UNEP) para o Caribe, Nelson Andrade, destacou recentemente, os avanços em matéria de legislação ambiental realizados nos últimos anos pelos países da região.
Durante a apresentação do relatório "A importância dos manguezais: um apelo à ação", realizada em Atenas, no marco da XVI Reunião Mundial sobre Convênios e Planos de Ação de Mares Regionais, Andrade indicou que ante as ameaças meio ambientais todas as nações devem trabalhar coordenando políticas e reglas.
No caso do Caribe, considerou um sucesso o que nos últimos anos, os Estados da região tenham desenvolvido leis e protocolos para a proteção ambiental e dos ecossistemas marinhos, conscientes de que é um problema que afeita a todos, à maioria dos setores, pelo qual a solução deve ser coletiva.
Andrade assinalou que o principal repto para a conservação dos manguezais é a tendência de todos os pequenos estados do Caribe de transformar a costa em hotéis, ainda que a cada dia esteja mais presente o custo e os envolvimentos dos desastres naturais, ao eliminar os recursos naturais e em especial estes.
Como exemplo citou o caso de Cancun onde a destruição dos manguezais "custou-lhes muitos milhões de dólares em obras de infraestrutura para o reparo ambiental, quando contavam com uma infraestrutura natural que eram os manguezais".
Por sua vez a delegada da República Dominicana no encontro, Nina Lisenko, explicou que em vários casos o desenvolvimento turístico se adiantou em muitos anos às legislações ambientais, pelo que reclamou políticas de conservação mais restritivas e um esforço coordenado e global por parte de todos os Estados insulares do Caribe.
Com respeito a seu país considerou que conquanto "a Lei geral de meio ambiente de 2000 dita pautas sobre áreas protegidas, ou sobre o uso do solo e o água, não existe uma regulação específica sobre zonas costeiras e marinhas", que sirva para a proteção específica dos manguezais.