Falência da Orizonia deixa 4 mil sem emprego

Com uma dívida de 650 milhões de euros, sem a autorização do governo espanhol para a compra pela Globalia e sem licença para a venda de bilhetes, que lhe foi retirada pela IATA por causa das dívidas, a Orizonia perdeu todas as opções para continuar a operar no segmento das viagens e seus executivos reconhecem a falência. Quatro mil colaboradores perderam imediatamente seu emprego.

A empresa espanhola tenta agora negociar a venda dos segmentos que possam ser atrativos para a concorrência, como a companhia aérea Orbest e as agências da Vibo, o que já poderia estar sendo negociado com a Barceló e a própria Globalia. Isso significaria de 800 a mil empregos que se manteriam, de um total de quase 5 mil colaboradores, que nem sequer têm uma garantia salarial para o mês de fevereiro.

Para muitos deles, a situação atual está ligada a uma administração deficiente e ao fato de que por causa das dívidas e dificuldades, a Orizonia deixou de ser interessante para os fundos de investimento Carlyle Group, ICG Equity Fund e Vista Capital, que em 2006 compraram parte das empresas que hoje a integram, no valor de 900 milhões de euros.

Para os executivos da empresa, foi decisiva a decisão da Comissão Nacional da Concorrência (CNC) que adiou a análise da possível integração à Globália, o que provocou que esta deixasse de contribuir com fundos para uma operação que não via muito definida.