A Gol deve superar a tragédia do vôo 1907

13 de Outubro de 2006 12:00am
godking

Já houve quem disse que há dois grupos de companhias aéreas: as que tiveram um acidente e as que não o tiveram. A brasileira Gol agora está no primeiro grupo.

Fundada em 2001 pelo empresário Constantino de Oliveira Júnior, seu atual presidente, a companhia tinha o objetivo de popularizar o transporte aéreo com uma companhia low cost.

A Gol, que começou com poucos aviões, tem hoje uma frota de 55 Boeings 737, entre eles vários 737-800 Next Generation, com os quais opera 530 vôos diários para mais de 50 cidades do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Chile. O próximo passo é chegar a Lima, a capital peruana.

Em menos de seis anos, a Gol, com um alto índice de eficiência, tournou-se a segunda maior companhia aérea do país, depois da TAM, com uma participação próxima a 37% no mercado interno, segundo dados oficiais de agosto, e 10,7% nos vôos internacionais operados por empresas brasileiras.

Ela oferece apenas uma classe de serviço e a sua frota é simplificada, formada somente de modernos Boeings 737, o que se traduz em baixos custos de manutenção e menor consumo de combustível.

A tragédia da queda do Boeing 737-800 da Gol pegou a companhia aérea em um momento de plena expansão dos seus negócios e fez com que as ações da empresa tivessem forte queda.

Todavia, analistas indicam que, apesar do impacto negativo, a Gol deve se recuperar e citam alguns fatores nesse sentido: as aeronaves da família Boeing 737, usados pela Gol, além de novas, têm ótima reputação no mercado brasileiro; algumas projeções de mercado já apontam uma queda de até quatro pontos percentuais na taxa de ocupação da Gol, em outubro, mas o movimento não teria como ir além disso porque, com atual concentração de mercado, as outras companhias não teriam como absorver a eventual transferência de passageiros. Por outro lado, a companhia vem administrando bem o processo posterior ao acidente e de apoio às famílias.

Em geral, a opinião é que a Gol superará esses momentos de crise.

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