Hainan Airlines diz que planeja vender participação remanescente em companhia aérea brasileira Azul
A chinesa Hainan Airlines disse que planeja vender sua participação remanescente na companhia aérea brasileira Azul SA, mas não entregou detalhes.
A companhia aérea, parte do crescente conglomerado HNA, que passa por problemas financeiros, vendeu em abril parte de sua participação em Azul a uma subsidiaria da matriz de United Airlines, United Continental Holdings, por 138,3 milhões de dólares.
A participação remanescente de Hainan, que responde por um 17,95 por cento das ações preferentes e um 17,28 por cento do interesse económico na companhia aérea, vale ao redor de 324 milhões de dólares sobre a base do valor de mercado de Azul ao fechamento da carteira da terça-feira.
Hainan disse que a venda era uma decisão estratégica, à luz das condições da cotação na bolsa, e que ajudará à empresa a manter a liquidez e a sua reestruturação de ativos bem encaminhada.
HNA, um conglomerado de serviços que vai desde a aviação às finanças, tem estado vendendo ativos imobiliários no exterior e alguns de seus maiores investimentos financeiros e estratégicas depois de uma onda de aquisições de 50.000 milhões de dólares nos últimos dois anos.
Azul, com sede em São Paulo, é a terceira companhia aérea maior de Brasil após a unidade brasileira de LATAM Airlines Group SA e de Golo Linhas Aéreas Inteligentes SA.
Azul foi fundada faz uma década por David Neeleman, o fundador da companhia aérea JetBlue Airways Corp, com sede em Estados Unidos, que segue sendo o acionista preferente, com uma participação preferente de 67 por cento.
Até abril, Azul tinha um 18,9 por cento do mercado brasileiro e um 15,4 por cento do mercado internacional entre companhias aéreas brasileiras, segundo a autoridade de aviação civil do país Sul-Americano.