Iberia faz turnaround “em tempo recorde” graças a acordos com todos os sindicatos

A companhia espanhola Iberia salientou hoje o “tempo recorde” com que ‘deu a volta’ a uma situação em que perdia um milhão de euros por dia para passar “a ganhar dinheiro”, de um ambiente de “conflito” para “um dos melhores desempenhos do mundo” e de fechar “rotas deficitárias” para “abrir novos e velhos destinos”.

“2014 foi testemunho das mudanças mais efectivas e duradouras dessa transformação”, afirma a companhia em comunicado com o “balanço de um ano que mudou a Iberia”, no qual aponta como ‘pedra de toque’ ter conseguido estabelecer acordos com todos os sindicatos “para mudar a base de custos de forma permanente”.

Esses acordos, pelos quais os sindicatos “aceitaram de forma voluntária e assumindo-o, sem mediadores pelo meio, que eram necessários sacrifícios e cedências”, a companhia já abriu este ano oito rotas (Atenas, Istambul, Amesterdão Estocolmo, Estugarda, Hanôver, Montevideu e Santo Domingo), a que se somarão mais 13 para o ano, entre as quais o Funchal.

Efeito do turnaround é que já este ano recebeu cinco novos aviões, três A330-300 e dois A320, e que tem um “novo pedido de frota de longo curso”, referindo-se à encomenda de oito A350-900 e oito A330-200, que irá receber entre 2015 e 2020 e que lhe permitirão substituir progressivamente os A340.

A Iberia destaca ainda que em 2014 implantou o seu “Plano de futuro”, que compreende “30 iniciativas destinadas a continuar a [sua] profunda transformação”.

A companhia destaca ainda o seu desempenho em pontualidade, o refrescamento da sua imagem de marca e que tem curso o lançamento de um novo produto de longo curso, já disponível em oito A330 e 11 dos 17 A340-600, de que destaca que na executiva todos os lugares se convertem em camas totalmente planas, que os clientes têm sistema individual de entretenimento e que também disponibiliza wifi.

Todas estas mudanças, garante a companhia espanhola, vão permitir-lhe que 2014 seja o ano em que volta a ter lucro, depois de seis anos consecutivos de prejuízos.

“Fruto dos acordo para reduzir custos, das iniciativas do Plano de Futuro e do compromisso de todo o pessoal na superação dos difíceis momentos do passado, [a Iberia] não só volta aos lucros como também criou as bases para crescer de forma rentável no futuro, a uma média de 6,5% por ano até 2020”, diz o comunicado, citando uma informação da companhia aos investidores este mês.

Nessa informação, a administração liderada por Luis Gallego anunciou como objectivo atingir entre 2017 e 2020 uma taxa de retorno do capital investido de 12%, o triplo do que estimou para este ano.

(preesstur.com.br)