Jornalista questiona sistemas de segurança da Air France
O livro La Face Cachée d'Air France, do jornalista Fabrice Amedeo, do Le Figaro, lançado nesta quarta-feira na França, aponta falhas na política de segurança da companhia e sugere que o acidente com o voo AF 447 poderia ter sido evitado.
Para o autor, se a empresa tivesse equipado seus aviões com um sistema de pilotagem de emergência, como havia feito sua concorrente Lufthansa em 2008, não teria acontecido o acidente do voo Rio-Paris.
"A Air France enfrenta um paradoxo. Ela possui uma frota de aviões ultramoderna, pilotos e um sistema de manutenção que estão entre os melhores do mundo, mas estatísticas de segurança de uma companhia de segunda categoria", com duas catástrofes em uma década; o acidente do Concorde em julho de 2000 e o voo 447 Rio-Paris em junho de 2009, e índice de acidentes superior à média mundial das companhias da IATA.
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Air France afirma que "respeita todas as regulamentações nacionais e internacionais em vigor" e acrescenta que a segurança da companhia "corresponde aos padrões mais exigentes da indústria aeronáutica mundial".