Justiça invalida greve de funcionários da British Airways

A Justiça britânica bloqueou na segunda-feira a greve do pessoal de cabine da companhia aérea British Airways, que devia começar nesta terça-feira.

A Alta Corte de Londres emitiu uma ordem judicial favorável à British Airways, que algumas horas antes entrou com um recurso para tentar impedir a greve de 20 dias não consecutivos convocada pelo sindicato Unite para os meses de maio e junho.

"Sou incapaz de dizer se está suficientemente claro que o sindicato adoptou os passos previstos pela lei no momento em que era necessário", declarou o juiz Richard McCombe ao emitir seu veredicto.

O sindicato convocou quatro greves de cinco dias (de 18 a 22 de maio, de 24 a 28 de maio, de 30 de maio a 3 de junho e de 5 a 9 de junho) em protesto contra as medidas de austeridade e cortes de pessoal que a companhia pretende implantar para compensar as perdas sofridas durante a crise econômica.

Em comunicado, a British Airways disse que estão felizes pelos seus clientes, atendendo que os planos traçados pelo Unite, para uma greve extrema e injustificada, não vão seguir adiante.

"Lamentamos que o veredicto da corte não possa evitar os transtornos que já tenham sofrido alguns passageiros que deviam ter viajado durante os primeiros dia da greve", acrescentou.

O Unite, que representa doze mil e 500 tripulantes da British Airways, considerou a decisão judicial "uma desgraça total" e, embora tenha prometido cumpri-la, anunciou também a sua intenção de contra-atacar na justiça.

Esta é a segunda vez que um juiz da Alta Corte impede uma greve votada pelos funcionários de cabine da British Airways.

Em dezembro de 2009, um outro juiz invalidou 12 dias de greve, alegando "irregularidades" no processo.