Kempinski aposta por Havana
Embora não foi das primeiras marcas hoteleiras que inverteram em Cuba, lá pelos anos 90 do passado século, a luxuosa e tradicional Kempinski Hotels, criada em 1897, aposta também por Havana.
A marca suíça, a mais antiga da Europa, vai administrara um hotel Cinco Estrellas de luxo, com pouco mais 200 apartamentos, pertencentes ao Grupo de Turismo Gaviota S.A., que ocupará o espaço da antiga Manzana de Gómez, propriedade, antes de 1959, da endinheirada família Gómez-Mena.
O 87 % dos apartamentos de Gaviota S.A. na ilha são administrados por marcas hoteleiras estrangeiras, fundamentalmente espanholas, entre elas a prestigiosa Meliá, embora também se contam a canadense Blue Diamond e a portuguesa Pestana, informou a Granma Internacional Frank País Oltuski, vice-presidente de Marketing do Grupo, líder na indústria turística cubana.
Segundo dados oferecidos pelos funcionários do Ministério de Turismo o ano passado, em cuba operam 16 marcas hoteleiras estrangeiras, as quais administram 60 hotéis para um total de 28,510 apartamentos. E agora vai contar também com Kempinski Hotels.
Oltuski disse que a marca suíça esteve presente na 34ª edição da Feira Internacional de Turismo FitCuba 2014, que celebrou-se em Havana entre os dias 6 e 10 de maio passado, com a participação de 1,187 acreditados de 48 países, entre eles, 175 representantes de grupos hoteleiros.
No marco da feira um dos diretivos mais importantes de Kempinski Hotels, Bugra Berberoglu, quem viajou para Havana para ultimar os detalhes do contrato de administração confirmou a participação da sua empresa no projeto e disse: “Queremos que o Kempinski Manzana de Gómez seja orgulho da nação”.
“Não temos nenhum hotel parecido a outro, temos uma concepção diferente do que é o luxo”, assegurou o diretivo desta marca que opera mais 70 hotéis em 30 nações.
Mesmo assim, Oltuski disse para Greanma
Internacional que o hotel ainda fica sim nome, mas está destinado a um segmento de altíssimo standard e vai se comercializar por Kempinski, mediante seus canais de distribuição.
Sua apertura se prevê para finais de 2016 e o investimento, que compreende não só o hotel, mas também a galera comercial que vai se habilitar no andar baixo é cem por cento do Estado cubano.
O novo imóvel de luxo vai ficar num privilegiado entorno, de frente ao Parque Central, muito perto de importantes museus como o de Belas Artes; do reconhecido restaurante Floridita; de majestosos teatros como o García Lorca e o Martí; de outros hotéis de renome como o Plaza e o Inglaterra, do imponente Capitólio de Havana, o belo Paseo del Prado, do Malecón e do Centro Histórico de Havana, declarado desde 1982 Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Oltuski afirmou que com todas as ações que se desenvolvem pretende-se contribuir a que a capital cubana se converta num dos principais destinos urbanos do Caribe.
Havana é o segundo polo turístico da nação caribenha após o famoso balneário de Varadero, na ocidental província de Matanzas, pela que chega a Cuba o 50 % dos visitantes estrangeiros, pelo qual é considerada a principal porta de acesso ao país.
Imagem gerada em computação de como vai ficar o hotel, feita desde o Parque Central de Havana. Foto: Cortesia de Gaviota S.A.