Machu Picchu: mais caro, com horários fixos e quantidades limitadas de visitantes

O acesso ao santuário inca de Machu Picchu, uma das Novas Maravilhas, será mais caro, com horários fixos e quantidades limitadas de visitantes, anunciou a diretora do Instituto Nacional de Cultura (INC), Cecilia Bákula.

Em coletiva de imprensa, Bákula anunciou que "as regras do jogo vão mudar porque temos que entregar esse patrimônio cultural às novas gerações", reconhecendo que haverá "uma avalanche de turistas".

Atualmente Machu Picchu acolhe 2.500 visitantes em média por dia; a entrada para estrangeiros é de 38 dólares; pagam de 74 a 110 dólares de transporte no trem que chega da cidade de Cuzco até Águas Calientes e mais 12 no ônibus que percorre o último trajeto. "As mudanças não serão repentinas porque há pacotes já comprados", disse Bákula, comparando a situação de Machu Picchu à da Alhambra, onde "as reservas podem ser realizadas até um ano antes da visita".

"Machu Picchu não tem problemas de sustentabilidade", disse a diretora do INC, citando a Unesco, mas mencionou problemas reais como o manejo do acesso, a ponte de Carrilluchayoc - construída ilegalmente pela iniciativa das autoridades locais - e a povoação de Águas Calientes, que concentra dezenas de hotéis, restaurantes e mercados de maneira desordenada.

Outros dos problemas é a eventual construção de um heliporto perto do santuário porque "teria um impacto visual e natural negativo", afirmou.

Machu Picchu, Patrimônio da Humanidade da Unesco desde 1983, tem a dupla categoria de Cultural e Natural pela riqueza da fauna e da flora da região. Apenas 23 locais no mundo têm a dupla classificação.