A Manzana de Gómez converte-se em um hotel para o turismo

10 de Outubro de 2013 10:49am
claudia
A Manzana de Gómez converte-se em um hotel para o turismo

A Manzana de Gómez, um dos símbolos do esplendor da Havana de começos do século XX, encontra se em remodelagem para converter em um hotel de alta categoria ao serviço do turismo. 

No projeto da Manzana de Gómez laboram atualmente brigadas construtoras e pessoal técnico do Escritório do Historiador da Cidade de Havana. Espera-se que a obra possa ficar terminada em um par de anos e permita multiplicar a capacidade de alojamento do Centro Histórico de Havana. O esforço inscreve-se dentro do programa de recuperação de lugares históricos e edificações emblemáticas da Havana, baixo a tutela do historiador Eusebio Leal.

Inaugurado em 1917, o edifício foi o primeiro shopping moderno que teve a república. Deve seu nome ao clã familiar Gómez Mena, dono de quatro centrais açuareiros e de grandes riquezas no país até 1959. A edificação de quatro plantas e 560 cubículos tem dois ruas interiores que a atravessam em diagonal. Para 1918 adicionaram-se lhe oito elevadores, dois pela cada uma das ruas que a enquadram: Zulueta, San Rafael, Neptuno e Monserrate. Em um desses cubículos radicou a Instituição Ibero-americana de Cultura, que presidiu dom Fernando Ortiz, e estiveram também consulados, bufetes de advogados e academias de arte. 

De acordo às necessidades atuais de desenvolvimento do país e do Centro Histórico, hoje não se precisam tantos escritórios e sim hotéis, devido ao desenvolvimento do turismo, que é o que contribui e sustenta todos estes projetos, explicou a arquiteta Ayléen Robaina durante um percurso recente pelas obras em remodelagem. 

O térreo estará dedicado a galerías e boutiques, e as habitações de hóspedes estarão localizadas a partir do primeiro andar. Com a transformação da Manzana de Gómez em instalação hoteleira de alto nível espera-se reforçar o centro de gravitação turística à entrada do capacete histórico de Havana, onde radican também os hotéis Plaza, Inglaterra e Telégrafo, que circundam o Parque Central.

O Escritório do Historiador de Havana acomete também a conversão de uma edificação de 1953, localizada na rua Empedrado, na Habana Velha, no hotel A Catedral. Trata-se de um edifício em perfeito estado, que esteve dedicado a escritórios por muito tempo. Nesse lugar existiu dantes uma moradia colonial, que foi demolida no final dos anos 40.

A nova instalação terá 40 habitações, um lobby bar e um olhador. A companhia Habaguanex, adscrita ao Escritório do Historiador, administra atualmente uma veintena de hotéis e pensões na área da Habana Velha, especializados na atenção pessoal à moda dos chamados hotéis boutique.

Outras obras de reabilitação nas que trabalha o Escritório do Historiador são o Teatro Martí, que deve reabrir suas portas o próximo 16 de novembro, o Capitólio Nacional, o Cais de Luz e a Aduana. 

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