Marsans responsabiliza pilotos pelo caos aéreo na Argentina

O Grupo Marsans, acionista principal da Aerolíneas Argentinas, afirmou em comunicado que os pilotos - que não compareceram aos vôos alocados por terem feito uma interpretação "unilateral e surpreendente" das normas vigentes para suas atividades -, são os principais culpados do caos do final de semana passado no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires.

No comunicado, a Marsans pede desculpas aos passageiros e funcionários da companhia afetados pela situação.

Os conflitos entre a Marsans e os sindicatos ocorrem há meses pela falta de resposta às reivindicações salariais e de contratação de mais funcionários, necessidade que os sindicatos atribuem à alta na circulação de viajantes.

Os sindicatos reclamam ainda da situação da frota, que continua sem ser modernizada apesar das promessas da empresa e do apoio econômico que recebeu do governo espanhol.

É pouco provável que essas promessas sejam cumpridas em breve por causa dos problemas judiciais em que estão envolvidos em Madri os principais executivos da Marsans: Gonzalo Pascual e Gerardo Díaz, que foram convocados ontem pelo governo argentino para que ponham fim à situação diante dos últimos cancelamentos ocorridos, que o porta-voz da companhia, Jorge Molina, explica como "uma reprogramação para conseguir colocar os aviões na hora".