Meliá Hotels International: lucro de 60,4M€ no 1º semestre

A Meliá Hotels International revelou os seus resultados correspondentes ao primeiro semestre deste ano em que, com uma subida de 34% em relação ao mesmo período de 2016, apresenta um lucro de 60,4 milhões de euros.
A subida do RevPAR, de 7,7% em termos globais, sustentada em 100% na componente “preço” e apoiada por uma melhoria de 19,6% nas vendas através do site melia.com, é a base destes resultados positivos. Resultados que se verificam mesmo com o impacto negativo, tanto a nível de receitas (-7,6m€) como de Ebitda (-2,1m€), que o grupo sofreu após a decisão de aplicar a taxa de câmbio sintética para o bolívar venezuelano. Graças a uma redução de 48 mil euros da dívida líquida no segundo trimestre do ano e a redução do custo médio de financiamento respectivamente ao primeiro semestre do ano passado, os resultados financeiros contrariam o impacto negativo das diferenças de câmbio entre o Dólar e o Euro do último trimestre.
A Meliá continua apostada na sua expansão internacional, com 19 novos hotéis assinados em 2017, aprofundando um modelo de negócio “asset light” e com base na gestão, como evidenciado pelo facto de 91% projectos hoteleiros do grupo terem sido incorporados em contractos de gestão e franquia. Continua, igualmente, a avançar na sua estratégia B2B, em que o segmento MICE apresenta uma grande importância. A nova plataforma de relação com os profissionais B2B, MeliaPro, viu uma subida de 20% nas suas vendas, nestes primeiros seis meses do ano.
A estratégia de renovação e reposicionamento dos seus activos hoteleiros, com vista numa maior rentabilidade e em linha com a nova visão das suas marcas e maior penetração nos segmentos superior e Premium, impulsionada durante os últimos anos, começa a dar frutos. O grupo investiu, juntamente com os seus sócios, mais de 500 milhões de euros, entre 2011 e 2016 em hotéis urbanos e de lazer em Espanha, obtendo resultados muito positivos.
Tal verifica-se nos casos dos hotéis em Ibiza, que após um re-branding e reposicionamento viram o seu RevPAR médio subir 300%, nos incluídos no projecto de reposicionamento em Magaluf com um crescimento de 83% e Torremolinos, onde os hotéis renovados duplicaram o seu benefício operativo em cinco anos. Por outro lado, os hotéis de cidade que foram reposicionados no segmento luxo superaram os 300€ de tarifa média, com crescimentos superiores a 135% a nível de receitas, no seu primeiro ano de reposicionamento. Em conjunto, os hotéis de luxo do grupo, em Espanha, cresceram em 19,6% a nível de receitas no primeiro semestre de 2017.