México: 25% das cidades mais perigosas do mundo estão nesse país, segundo ONG local

04 de Fevereiro de 2011 8:05pm

Quase a quarta parte das cinquenta cidades mais perigosas do planeta está no México, segundo uma pesquisa publicada pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça, indica a agência EFE.

Baseado em informações dos jornais locais e nas cifras oficiais distribuídas em outras nações, o informe coloca como a cidade mais perigosa do mundo, por terceiro ano seguido, a Ciudad Juarez, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Com pouco mais de 3.000 homicídios em 2010 e uma população de 1,3 milhões, Ciudad Juarez tem uma taxa de 229 assassinatos por cada 100.000 habitantes, diante de Kandahar no Afeganistão (taxa de 169,9), San Pedro Sula em Honduras (125), e Caracas (118,6).

As outras localidades deste país que estão na lista são Chihuahua (5a posição), Mazatlán (8a), Culiacán (9a), Tepic (13a), Durango (14a), Torreón (17a), Tijuana (21a), Acapulco (23a), Reynosa (34a), Nuevo Laredo (36a) e Cuernavaca (38a).

Cidade do México não aparece no ranking porque o número de homicídios nessa cidade chegou a 7,6 em cada 100.000 habitantes, bem menor do que os 22 de Bagdá, que fecha a lista.

Na pesquisa estão também a colombiana Medellín (10a posição), a jamaicana Kingston (18a), a sul-africana Cidade do Cabo (27a), a iraquiana Mosul (35a), as estadunidenses Baltimore e Detroit (37a e 39a), e também o Rio de Janeiro e Brasília (44a e 45a).

Segundo o porta-voz de Segurança Nacional, Alejandro Poiré, o número de mortes ligadas ao crime organizado em 2010 no México foi 15.273. Porém, o Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça afirma que a cifra de homicídios - somados os da delinquência organizada e a comum, está a menos de cem dos 25.000.

“O tema da segurança vai junto com as eleições”, destacou o presidente dessa ONG, José Antonio Ortega, quem explicou que a proximidade das eleições em vários estados neste ano, os comícios federais , as críticas cidadãs e a preocupação pelo turismo “levaram a recortar a cifra real de mortes”.

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