A mudança climática e o turismo

10 de Dezembro de 2015 9:13pm
claudia
A mudança climática e o turismo

Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT) a mudança climática propõe um risco crescente para o sector turístico, para os próprios turistas e para as economias que se apoiam na despesa derivada.

Esta mudança constituirá um risco crescente para a atividade turística em muitos destinos, em vista de que o turismo depende em grande parte do clima, além de que as políticas das seguradoras se veem a cada vez mais afetadas pelo risco de catástrofes naturais.

Os destinos turísticos de todo mundo se enfrentam à incerteza de experimentar um desastre em algum momento. Apesar disto, muito poucos destinos têm desenvolvido apropriadamente planos de gestão de desastres para os ajudar a resolver tais eventualidades.

A mudança climática pode transformar também o meio natural que atrai aos turistas em primeiro lugar, ao minar o litoral, deteriorar os arrecifes de coral e outros ecossistemas sensíveis ou reduzir as nevadas nas regiões montanhosas, além de afetar a serviços básicos como o fornecimento de água, especialmente durante períodos de máxima demanda.

Outro aspecto a considerar é o caso dos fenómenos meteorológicos extremos como os furacões ou as inundações que põem em perigo a saúde e a segurança dos turistas e das populações locais por igual e podem destruir a infraestrutura básica de um destino.

Quando isto ocorre, bastam as imagens para desencorajar aos possíveis turistas de empreender sua viagem, com a conseguinte queda do número de visitantes e sua incidência na economia local.

A precisão da informação meteorológica e a predição dos fenómenos climáticos extremos são a cada dia mais importantes para as empresas do sector turístico; assim por exemplo os destinos de praia, as estações de desportos de inverno e todas as atividades turísticas ao ar livre dependem em grande parte de umas condições climáticas favoráveis.

Por outra parte, a alteração dos padrões meteorológicos poderia brindar novas oportunidades ao sector turístico, em particular ao incrementar-se o número de visitas em meses que dantes eram de temporada baixa.

Dentro das estratégias para a gestão de desastres no turismo está conseguir a máxima coesão, tanto dentro do sector turístico como deste com a comunidade, o planejamento para desastre deve basear num processo que se integre com outras áreas do planejamento estratégico.

Um primeiro passo essencial é uma avaliação das situações potenciais de desastre e sua probabilidade relativa de ocorrer.

Aqui deve incluir-se uma análise histórica dos desastres naturais na região, junto com uma sondagem dos palcos ambientais e alternativos atuais e emergentes.

A efetividade dos planos ante desastres e de recuperação serão de valor limitado se não se envolve diretamente em seu desenvolvimento àqueles aos quais se lhe pede que os implementem.

As organizações e as comunidades precisam ser informadas sobre a estratégia, a qual deve ser periodicamente revisada em vista às reações e dos novos desenvolvimentos.

Portanto, as estratégias ante desastres precisam ser continuamente atualizadas e refinadas para assegurar que se tomem em conta as novas mudanças de informações e organizacionais.

Em particular, as avaliações pós-desastre são importantes porque permitem aproveitar as lições aprendidas da experiência.

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