Naufrágio de navio de cruzeiro na Itália deixa três mortos

Ao menos três pessoas morreram e cerca de 40 ainda "não foram localizadas" após o naufrágio, na madrugada deste sábado, de um navio de cruzeiro com mais de 4 mil pessoas a bordo na costa da Toscana, revelaram as autoridades italianas.
Segundo a capitania do porto de Livorno, que coordena os trabalhos de resgate, a diferença entre as pessoas identificadas em terra e a lista de passageiros e membros da tripulação revela que há 40 pessoas "não localizadas".
A promotoria de Gressetto determinou a prisão do comandante do "Costa Concordia", Francesco Schettino, após várias horas de depoimento, devido à polêmica trajetória seguida pelo navio, que teve seu casco rasgado por rochedos junto à costa da ilha de Giglio.
Antes de ser detido, o comandante Schettino declarou que "segundo a carta náutica, deveria haver profundidade suficiente" no local onde ocorreu o acidente.
O "Costa Concordia" levava 4.231 pessoas a bordo, a maioria turistas italianos, mas também cerca de 500 alemães, 150 franceses, 53 brasileiros e vários japoneses, indianos e espanhóis.
Muitos passageiros estavam jantando quando o navio encalhou e, tomados pelo pânico, alguns se jogaram na água gelada.
Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.
No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se há alguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.
A capitania de Livorno, o maior porto da Toscana, anunciou a abertura de uma investigação sobre a causa do acidente e como os passageiros foram resgatados.
Segundo a Costa Crociere, o "Costa Concordia" havia partido de Savona para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com escalas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França).
O "Costa Concordia", de 290 metros, tinha cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.
AFP