O turismo accessível abre novas oportunidades de negócio ao dirigir-se a 500 milhões depessoas
O turismo acessível apresenta novas oportunidades de negócio para os 500 milhões de pessoas descapacitadas no mundo, segundo tem assegurado o delegado de Viagens 2000, Jon Cortina, durante a mesa redonda sobre 'Acessibilidade, palanca de sucesso no turismo', celebrada no 4º Congresso Nacional de CENTAC que teve lugar em Toledo.
Assim Cortina, integrante de uma das empresas da corporação empresarial da ONZE, assegura perseguir um objetivo de rentabilidade social à hora de apostar por este tipo de turismo. "Quando falamos de turismo acessível falamos de traje a medida", acrescentou.
Nesta linha, a diretora técnica da Plataforma Representativa Estatal de Pessoas com Discapacidade Física (PREDIF), Tatiana Aleman, tem assinalado a utilidade da aplicação móvel de turismo accessível 'Tur4all', que "oferece informação sobre as características de acessibilidade a mais de 1.800 estabelecimentos turísticos espanhóis", como uma forma de aproveitar "as vantagens e utilidades que contribuem as novas tecnologias".
Esta aplicação soma-se à apresentada pela Universidade Rei Juan Carlos de Madri, 'Guide URJC', que segundo a pesquisadora desta instituição, María Cristina Rodríguez, "pretende guiar a todas as pessoas por onde precisem".
Outra das iniciativas destacadas por Aleman das que leva a cabo Predif, tem sido a 'Guia de Vias Verdes Acessíveis que converterão as vias e as localidades em destinos turísticos acessíveis para pessoas com diversidade funcional.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SOCIAL.
Por sua vez, a professora da Escola Técnica Superior de Engenheiros de Telecomunicação da UPM, María Fernanda Cabrera, tem apontado que as TIC "são facilitadoras da integração social através do turismo".
Tanto Cabrera como o gestor de Inovação de Iberia, Raúl Óscar González-Pacheco, têm coincidido em que a “acessibilidade deve envolver a empresas, linhas aéreas e associações, organismos públicos e privados, mas, sobretudo, governos".
Não obstante, tal e como tem especificado o presidente da Fundação Desenvolvo Comunitário, Carles Risse, a inovação tecnológica requer uma inovação social para que exista um progresso, já que "as novas tecnologias não são por si mesmas motor da mudança social".
Por outro lado tem remarcado a necessidade de que as pessoas descapacitadas, as que realmente vão ser as usuárias destas aplicações tecnológicas, sejam consultadas no processo de inovação já que "de nada serve o esforço das instituições privadas, os poderes públicos e a sociedade civil se se avança em inovação tecnológica sem contar os uns com os outros", afirmou Risse.